O PT precisa honrar o PT
Os petistas, principalmente aqueles com mandato, não podem esmorecer diante da pressão dos grandes grupos de comunicação e da direita corrompida brasileira
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Do que valeram os esforços de sua criação em 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion em São Paulo, se parte de sua bancada hoje no Congresso se sente fraca e acuada diante do massacre sofrido pela imprensa, pela Justiça e por partidos de direita ao longo desses 5 anos?
Do que valeram os esforços de Luiz Inácio Lula da Silva, um torneiro mecânico do ABC paulista, para conseguir junto ao Tribunal Superior de Justiça Eleitoral o registro daquele que viria a ser o maior partido político brasileiro, em 11 de fevereiro de 1982?
O que seriam dos mais de 22 milhões de habitantes que saíram da linha da pobreza e superaram a extrema pobreza e a fome?
Do primeiro prefeito eleito, Gilson Menezes, em Diadema, passando pela brilhante eleição de Edmilson Rodrigues a prefeito de Belém com a música “Vermelho” do Boi Garantido de Parintins (gravada por Fafá de Belém), a eleição de deputados estaduais, federais, governadores e senadores em milhares de cidades em todo o País.
Sem falar das atuações históricas de Eduardo Suplicy, José Genoíno, José Dirceu e muitos outros que se for citar aqui não haveria espaço para os demais temas, etc.
O que falar das eleições fenomenais de Lula e Dilma para a Presidência da República, cujos mandatos foram de 2003 a 2016, marcados pelo crescimento em todos os setores do País.
Não preciso falar das injustiças, dos abusos, das conduções coercitivas ilegais e desnecessárias, da espetacularização da mídia, da seletividade e politização da justiça e outros assuntos contra o Partido dos Trabalhadores, aqui nesse texto. Esse lado negro e inescrupuloso da história, o mundo todo já conhece de cor e salteado.
Quero falar aqui das conquistas, das medidas populares que melhoraram consideravelmente a vida da população brasileira. Vou falar do Bolsa Família, do ProUni, do Pronatec, do Fies, do Minha casa e Minha e Vida, do Mais Médicos, do aumento de empregos, da ascensão de classes, do combate à inflação, do crescimento do PIB, da elevação de 12° para 8° e depois 6° sexta maior economia do mundo.
Vou falar da participação direta do Brasil nas negociações para a reaproximação de Cuba pelos Estados Unidos. Um feito histórico que derrubava de vez um embargo de 54 anos e o fechamento das relações entre os dois países vizinhos da América Central.
Não cabem aqui de tão grande todos os avanços conquistados em todos os quatro cantos do Brasil nas administrações petistas. Fato real e comprovado, basta uma pesquisa rápida no Google ou conferir os resultados das pesquisas nos principais institutos do país. Lula é inegavelmente o candidato favorito em todas elas, a eleição do mais alto posto da República em 2018. Por isso essa perseguição imoral e implacável do juiz Sérgio Moro com o aval da PGR e do STF, respectivamente, para prender e cassar os seus direitos políticos e evitar o inevitável.
O senhor Rui Falcão e toda a cúpula diretiva do PT têm o dever moral de honrar a história política do partido e tomar as medidas severas e necessárias para a manutenção da missão e visão que formam os alicerces da verdadeira esquerda brasileira.
Os petistas, principalmente aqueles com mandato, não podem esmorecer diante da pressão dos grandes grupos de comunicação e da direita corrompida brasileira. O partido precisa colocar em pauta a missão árdua e histórica de unificar todos os partidos de esquerda do Brasil, para juntos formarem uma grande “Frente de Oposição no País – FOP”.
Juntar o PDT, PSOL, PSB, PSC, PCdoB, PPS, PV, PMN, PTdoB, Solidariedade, PPL, PMB, PSTU, Rede, PCB e PCO, para defender os interesses da classe trabalhadora brasileira e dos menos favorecidos, não será uma tarefa fácil. Mas é necessária e possível.
As eleições vindouras para a Presidência da Câmara e do Senado, se faz a oportunidade ideal para por em prática a retomada da hegemonia da esquerda batalhadora brasileira. Fazer alianças com partidos de direita e principalmente com os protagonistas do “Golpe de 2016”, enfraquecerá e sepultará de vez o PT e todos os partidos que realmente se dizem de esquerda.
O PT precisa resgatar a autoestima necessária e que aparentemente só está patente em alguns membros como os senadores Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann, no deputado Wadih Damous ou no próprio ex Presidente Lula. A impressão que se tem é que a militância que vai as ruas na manifestações é mais petista do que os próprios protagonistas do partido nas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas ou no Congresso Nacional.
O Brasil precisa de um “Novo Partido dos Trabalhadores”, que seja mais destemido, aguerrido, forte e coeso. Só assim conseguiremos de fato combater as inconsistências e incoerências desse estado democrático de (IN) direito, que se formou pós-golpe.
“A cor do meu batuque tem o toque e tem o som da minha voz.
Vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante, vermelhão.
O velho comunista se aliançou ao rubro do rubor do meu amor.
O brilho do meu canto tem o tom e a expressão da minha cor.”
Trecho de Vermelho, música do Boi Garantido de Parintins (AM).
Que essas palavras possam fazer refluir o sangue do bravo brasileiro combatente que não desiste nunca e luta sem trégua para defender os direitos do seu povo. Viva as velhas e futuras conquistas da esquerda unida brasileira. #ForaTemerUrgente #2017semTemer
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