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Miguel Paiva

Miguel Paiva é chargista e jornalista, criador de vários personagens e hoje faz parte do coletivo Jornalistas Pela Democracia

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O que Bolsonaro queria

Conseguimos frear a besta fera e dar um pouco de fôlego à democracia

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Um país pra chamar de seu, é claro e já pedindo perdão a Erasmo Carlos pelo uso das palavras. Mas era isso. Como nos seus planos não estava a derrota nas eleições e ele fez de tudo para conseguir, agora vemos esses fantasmas mais ou menos ameaçadores tentando todo tipo de golpe. Só que me parece que eles faltaram à aula de História quando se falou de Golpe. Aliás, acho que faltaram a todas as aulas de História. Um golpe não se faz assim e aqui no Brasil todos os golpes, maiores ou menores, tiveram a mão dos EUA, da imprensa oficial, dos empresários e da Igreja. Esta tentativa reuniu parte dessa lista, mas sem efetivar o apoio.

Nem a eleição, nem o golpe deram certo e apesar do presidente do PL dizer que esta minuta de golpe estava em todas as casas, queria dizer que na minha não estava. O medo do golpe pode ser, mas a minuta só quem pretendia torna-la definitiva. Aí teríamos um Brasil realmente transtornado. O plano era minucioso e o primeiro mandato de Bolsonaro acabou sendo um período de prova para a ideologia que viria por aí. As armas liberadas, as politicas reacionárias em relação a gênero, drogas, aborto e comportamento em geral, o gado bem alimentado e a política no sentido mais amplo seria a base deste novo período de trevas que se armava para o Brasil.

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Mas é fácil de se imaginar. Um país sem política, que era a finalidade, é um país sem democracia. Os povos indígenas dizimados e o garimpo comendo solto, envenenando os rios e enriquecendo os poderosos que se escondem atrás das árvores. Organizações de fiscalização e apoio aos indígenas, à floresta, à ecologia e ao meio ambiente fechadas definitivamente. Os militares assumindo o controle de todos os setores do governo, não todos os militares, mas os que fecham com a ideologia do presidente, as escolas militarizadas também, as universidades reduzidas ao ensino técnico, a cultura limitada ao divertimento sem abstração ou elaboração, ou seja, sem construção de uma identidade brasileira. A classe média cada vez mais pobre e os pobres cada vez mais miseráveis e junto a isso a Saúde doente e contribuindo para o projeto de extermínio. 

O Mercado que num primeiro momento poderia até se animar com essa possibilidade, também ferido de morte sobretudo diante do isolamento que o país entraria no mundo todo. Falando nisso, o projeto previa justamente o alinhamento do Brasil com as ditaduras que permanecem no planeta criando um bloco reacionário e perigoso que a cada dia se espalha mais por aí. Os ricos cada dia mais ricos e os pobres cada dia mais pobres o que faz com que os ricos fiquem cada dia mais ricos.

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Mas não foi nada disso que aconteceu. Conseguimos frear a besta fera e dar um pouco de fôlego à democracia. Vamos nessa. Nos fará mais felizes e como diz o próprio termo, é o sistema de todos e até agora não se inventou nada melhor.

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