O que é Censura?
'A censura pode estar presente na televisão, na música, no cinema ou na internet', destaca o colunista Eduardo Guimarães
Censura é uma palavra com origem no latim 'censura', que significa o ato ou efeito de censurar. Censura também pode ser sinônimo de repreensão ou reprimenda. Além disso, censura é uma conhecida forma de restrição da liberdade e do conhecimento, normalmente exercida por um regime ditatorial, mas que pode se expressar por outros tipos de sensores.
Censura pode ser condenação por parte de uma Igreja ou de uma corrente de pensamento a uma pessoa que discorda de si. As principais penas eclesiásticas passaram a ser conhecidas como excomunhão, interdito ou suspensão. Na contemporaneidade das Redes, censura pode ser auto imposta ou meramente imposta por meio da dissuasão à discordância. Muitos se auto censuram para não desagradar grupos organizados, superiores hierárquicos ou pessoas de nossas relações pessoais.
A Igreja censurou determinadas obras literárias, com o objetivo de preservar a fé e a moralidade daqueles que acreditavam. O savoir faire censor eclesiástico terminaria sendo adotado por ideologias políticas, entre outras.
A censura pode estar presente na televisão, na música, no cinema ou na internet. Pode ser exercida por Estados, por corporações, por grupos político-ideológicos, por grupos familiares ou de convivência e até entre casais. Porque a censura é uma forma de impedir que alguém discorde de si publicamente, para isso tachando o pensamento divergente de "ilegal" por ação de algum mecanismo retórico ou legal.
O Censor de plantão, invariavelmente, atua criminalizando a divergência em busca de socorro à sua fragilidade diante de argumentos ou fatos que não consegue derrotar através do debate de ideias. A censura se traveste de indignação, no mais das vezes, pois só eventuais e forjadas "iras santas" podem justificar violências como degradação, prisão e até eliminação física.
A história da Censura é marcada por uma perturbadora perenidade através da história da Civilização. Não muda de métodos nem de motivos, só de caras e justificativas.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.