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Daniel Samam

Daniel Samam é Músico, Educador e Editor do Blog de Canhota. Está Coordenador do Núcleo Celso Furtado (PT-RJ), está membro do Instituto Casa Grande (ICG) e está membro do Coletivo Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores (PT).

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O que está posto para as eleições de 2022 é a escolha entre democracia ou barbárie

A volta de Lula ao jogo tirou do armário um esqueleto que assombrou as últimas corridas presidenciais no Brasil (2018) e nos EUA (2020): a ideia de um país dividido entre dois extremos. Não é verdade

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Tenho pra mim que pela primeira vez Bolsonaro está de fato acuado. E esta condição se dá muito pelo retorno de Lula ao tabuleiro político. Tenhamos certeza de que o assassino que ocupa o mais alto posto da república ameaçará com seus arroubos autoritários todos os dias. Isto nos exigirá nervos de aço, pois o avanço do fascismo à brasileira ainda não foi contido.

No entanto, com um líder capaz de dialogar com todos os setores e coordenar a oposição fazendo a política correta, o que está se desenhando é que o genocida de plantão na presidência não reúne as condições para realizar seu desejo de autogolpe.

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O que disse o Datafolha?

O Datafolha foi a campo no início desta semana, nos dias 15 e 16 de março, e constatou que o ótimo/bom do governo/presidente segue estável, em 30% e um leve deslocamento do regular para o ruim/péssimo. Mas a estabilidade da avaliação favorável contrasta com a piora do julgamento que o eleitor faz do desempenho de Bolsonaro na gestão da pandemia.

Ou seja, o Datafolha desta semana, foi ruim para o governo no quesito gestão da pandemia, mas foi bom quanto avaliação do governo e do Bolsonaro, mantendo consolidados seus 30% de aprovação e vendo o impeachment ser rejeitado por 50% da população. Enfim, um impeachment nestas circunstâncias não passa.

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Contudo, a pesquisa aponta o caminho para o pleito de 2022 e para uma disputa entre Bolsonaro e Lula. Porque, vejam, com Lula, a centro-esquerda tem possibilidade de sair mais unida, o que em números percentuais dispõe normalmente entre 27% e 30% do eleitorado brasileiro.

A curiosidade agora é sobre como os números vão evoluir. Quando e se o desgaste causado pela falta de políticas de combate à pandemia vai corroer significativamente o núcleo duro da base bolsonarista.

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O curto prazo não é bom para o governo. A escalada no número de mortes não dá trégua, a vacinação (grande trunfo ou bóia de salvação do governo) em ritmo muito lento, o atraso na chegada de novas doses e de insumos pra fabricação na Fiocruz e no Butantã, além da previsão para os resultados da economia em fevereiro e março não ser das mais animadoras.

Mas, veja, os números econômicos de janeiro superaram as previsões. E agora tem o fator do auxílio emergencial (será de R$150,00 para 20 milhões de famílias brasileiras. De R$250,00 para 16,7 milhões de famílias e de R$375,00 pagas a 9,3 milhões de famílias chefiadas por mulheres) que, mesmo que mais baixo que o anterior, causará impacto na economia. A ver.

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Falsa polarização

A volta de Lula ao jogo tirou do armário um esqueleto que assombrou as últimas corridas presidenciais no Brasil (2018) e nos EUA (2020): a ideia de um país dividido entre dois extremos. Não é verdade.

A saída tentada pela centro-direita para se lançar como terceira via é a da equivalência entre Lula e Bolsonaro, batizada por uma colunista do jornal O Globo de "bolsopetismo". Trata-se de uma tentativa natimorta, pois Lula e o PT nasceram da luta contra a ditadura, do processo de redemocratização e, quando governou, obedeceu às regras da democracia.

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Bolsonaro, por ser defensor do autoritarismo, da tortura e das milícias, testa o tempo todo os limites das instituições e da democracia brasileira ao flertar diariamente com a possibilidade de autogolpe. O inominável de plantão na presidência representa a ruptura da nova república e o hiato no processo de redemocratização do Brasil.

O que está posto para as eleições de 2022 é a escolha entre democracia ou barbárie.

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