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Bia Willcox

Empresária que escreve sobre relações de afeto, editora que fez Direito na UERJ, professora que dá palestras, mãe que produz conteúdos

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O que os adolescentes querem e precisam?

Compartilho com vocês algumas coisas que acredito que sejam os desejos, às vezes secretos, dos adolescentes. Entendendo e compartilhando, estamos mais próximos de ajudá-los em sua formação e, sobretudo sucesso e felicidade 

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Adolescentes podem ser difíceis de serem lidos. É uma leitura desafiadora, já que eles precisam atuar num mundo de agendas adultas e julgamentos constantes. Eles se esforçam para que o exterior se mostre perfeito para que tudo que se passa no interior deles fique seguro e bem escondido. Há muito acontecendo abaixo de suas superfícies que nem eles mesmos já identificaram, ou, se detectaram, têm medo de exteriorizar ou não sabem ainda como fazê-lo. Muitas vezes o que sentem fica guardado dentro deles de forma solitária e carente de ajuda. E se nós adultos, pais ou não, soubéssemos do que se trata? Eu acredito que a maneira como lidamos com adolescentes poderia ajudar.

Bem, compartilho com vocês algumas coisas que acredito que sejam os desejos, às vezes secretos, dos adolescentes. Entendendo e compartilhando, estamos mais próximos de ajudá-los em sua formação e, sobretudo sucesso e felicidade (sucesso é ser feliz, afinal de contas!)

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1. Eles querem que vocês, pais e adultos, digam não.

Apresentem limites claros e definidos do que é apropriado e do que não é, dando-lhes, por incrível que pareça, segurança. Eles precisam de seus limites, mas sobretudo, eles os querem. No entanto, o fato de eles quererem limites não significa que eles não se rebelarão contra aquilo de que eles precisam e querem. Eles o farão. É a maneira de eles descobrirem se o que vocês dizem é verdadeiro e real. Faz parte da função de vocês dizerem não, manterem o não, e explicarem pacientemente porque existe esse limite. Não se esqueçam de responder-lhes sempre com consistência, cuidado e empatia, especialmente quando eles reagirem de diversas maneiras, às vezes inesperadas. Faz parte.

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2. Eles estão desesperados pela aprovação de vocês.

E essa é a razão de eles ficarem tão aborrecidos e virarem os olhos quando vocês lhes chamam a atenção. Eles sentem a desaprovação de vocês e esse sentimento é algo próximo do de rejeição. Não digo aqui para deixarem de corrigi-los, mas estejam cientes de que o modo como eles recebem a avaliação de vocês pode mudar a maneira e o quanto vocês os repreendem.

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3. Eles querem a orientação de vocês e não as suas expectativas de como eles devem ser e agir

Adolescentes querem vocês com eles no caminho de dor e desconforto pela qual eles passam. Eles têm quem lhes mostre marcas a serem alcançadas o tempo todo.Eles não precisam que vocês definam metas, estilos ou níveis de sucesso. Eles querem orientação somente. Tentar ser menos impositivo quando se trata de sonhos e aspirações (suas e não deles) é o melhor caminho.

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4. Eles não têm ideia de quem são e ainda assim, estão apavorados.

Eles ainda são diferentes pessoas. A identidade e individualidade deles ainda não estão totalmente desenvolvidas. Eles vivem na tensão tentando ser autenticamente eles mesmos ou serem o que outros acham que eles devam ser. Eles têm medo de solidão e de serem mal entendidos e interpretados. Vocês pais devem dar-lhes segurança e encorajamento.

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5. Eles são tratados frequentemente com desprezo.

Se eles nos parecem temperamentais ou hipersensíveis, é mais do que somente hormônios ou uma atitude negativa. Adolescentes são julgados mal a priori - são acusados, diminuídos e às vezes marginalizados. Precisamos tratar-lhes com respeito e compaixão. Procurem não só reagir (e eu sei o quão difícil pode ser isso!) mas tentar compreender, estudar o que está os levando a determinadas atitudes.

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6. Vocês, pais e responsáveis, devem ajudá-los a desenvolver uma identidade única e especial

É preciso ajudar a descobrir a identidade dos adolescentes. Ajudem-nos a identificar áreas de interesse. Cada adolescente tem uma área de interesse particular e áreas onde eles têm mais sucesso. Seja qual for essa área - atletismo, música, arte, história, química - ajudem-nos a identificar suas áreas de competência também (não é difícil encontrarmos adolescentes com áreas de interesse e competência distintas). Encorajem-nos, colaborem para o aumento da autoestima de seus adolescentes, fazendo-os ter orgulho de suas escolhas e talentos.

7. Tentem separá-los gradualmente da dependência dos pais na infância.

Eles vivem uma transição e devem começar a ter outros mentores, por exemplo. Ou seja, referências externas que podem contribuir positivamente para suas vidas e dar-lhes gradativa autonomia.

8. Relações com colegas ou mesmo fora do núcleo familiar

Os grupos de colegas do adolescente são importantes para atender suas necessidades de companhia, divertimento, suporte emocional, compreensão, e intimidade. Eles ainda precisam disso tudo em família, mas é vital para eles receberem isso tudo de amigos também.

9. Evitem reforçar rótulos e estereótipos com os adolescentes.

Adolescentes vivem uma ebulição de sentimentos, percepções e descobertas. É importante que os pais e adultos comprometidos afetivamente com eles, lhes deem referências de caráter, norteadores, valores morais, mas evitem excesso de julgamentos e de rótulos que reforçam estereótipos e podem, além de colaborar para a formação de adultos preconceituosos e mais limitados como cidadãos, se tornar excludentes com jovens que ainda não definiram suas identidades.

10. Mais que oferecer-lhes conteúdos, trabalhem a autoconfiança e as habilidades de seus adolescentes

Ensinem-lhes habilidades da vida real, pois é desenvolvendo tais habilidades que obtemos conquistas maiores e turbinamos a autoestima dos adolescentes.

Em outras palavras, quanto mais habilidades os adolescentes assimilarem e desenvolverem, mais eles se sentirão melhor com eles mesmos.

11. Tenha causas e projetos compartilhados com seus filhos adolescentes.

Não é incomum vermos diferentes gerações em shows, comícios, exposições e viagens. As gerações estão cada vez mais jutnas e misturadas. E isso, na medida certa e dando o devido espaço ao adolescente, é saudável! Num mundo conectado como o de hoje, é importante formar adolescentes conscientes e envolvidos com causas locais e globais. Formar cidadãos do mundo pode começar em casa pelos pais do adolescentes - isso os motiva, os amadurece e os aproxima de vocês.

12. Sobretudo prestem atenção em seus movimentos e falas

Quantos adolescentes expressam de uma maneira mais direta e clara ou por entrelinhas que estão tristes, aborrecidos ou mesmo deprimidos. Quantos experimentam alguns entorpecentes, abusam do álcool e procuram companhias com valores completamente diferentes dos seus e seus pais nem se ligam no que está se passando com eles?

Prestem atenção em seus adolescentes. Olhem pra eles, conversem, deem atenção quando demandados, acompanhem de longe e estendam a mão quando preciso for.

Não há receita de bolo ou método infalível, mas o caminho para os acertos vêm de boas e saudáveis trocas. Estou aberta às trocas de ideias e querendo ouvir vocês.

Este é outros artigos educacionais também são publicados no blog Educar: Educar.etc.br.

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