O que pode mudar com Luiz Dantas presidindo a Assembleia

Dono de um currículo que mistura experiência e discrição política, o deputado reeleito pelo PMDB, Luiz Dantas, caminha pra ser o próximo presidente da Assembleia Legislativa. No seu currículo foi secretário Estadual da Fazenda durante o governo de Fernando Collor, 1987 a 1989.

Também foi deputado federal por três legislaturas, 90, 94 e 98. Em seguida teve um período de ostracismo na política, só retornando ao cenário após conquistar uma cadeira no legislativo alagoano na eleição de 2010. Não tem histórico próprio de atos de violência contra adversários.

O parlamentar - que dificilmente deixará de comandar a Mesa Diretora, pois tem o apoio de Renan pai, Renan Filho e do tio Olavo, já formou chapa, e vem negociando com os servidores grevistas da Casa – tem a oportunidade histórica de dar um novo rumo à imagem do Poder.

A crise que acontece a partir de denúncias de corrupção na Petrobras e o financiamento de campanhas eleitorais de partidos políticos com esses recursos pode ser uma bela oportunidade de mudança na relação entre deputados estaduais e o uso do duodécimo para as campanhas dos mesmos.

Isso mesmo. Se na questão nacional algo terá que ser feito, estancado e alterado por conta da atual crise - alguma nova legislação deverá surgir, caso da reforma política e o financiamento das campanhas eleitorais. Portanto, Dantas poderá ser bafejado pelo momento político de profunda crise.

Caso não queira aguardar pelo acaso da história, pode se adiantar. A primeira medida é simples: Disponibilizar com clareza, simplesmente de acordo com a legislação, os gastos da Assembleia.

E isso não será fácil. O legislativo é como uma árvore que não para de ser adubada através do seu duodécimo e de suplementações. O fruto que brota significa a manutenção do poder econômico e político através do dinheiro. E isso vem se repetindo e crescendo uma legislatura após outra.

Daqui a pouco veremos como essa árvore será tratada.

A nós resta esperar para ver como essa árvore será tratada pelos seus jardineiros, se com coragem ou com imensa voracidade.