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Jose Carlos de Assis

Economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe-UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB.

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O último refúgio do canalha

De tudo que ouvi de Bolsonaro na ONU, a parte que mais me chamou a atenção foi a que evocou em mim, no final do discurso no estilo hitlerista, carregado de ódio e de falso patriotismo, a frase célebre do grande pensador inglês, Samuel Johnson: “O patriotismo é o último refúgio do canalha”

O último refúgio do canalha (Foto: Marcos Corrêa - PR)

Discordo das afirmações de que Bolsonaro fez um discurso agressivo na ONU. Ele fez um discurso estúpido. Revelou em sua natureza crua a total falta de cultura e de educação, a imbecilidade revestida de ideologia nacionalista, as tiradas de patriotismo hipócrita. 

Posso perdoar, embora não poderei esquecer a afirmação de que a Amazônia não seja um patrimônio da humanidade, como se qualquer pedaço de terra no mundo não fosse um patrimônio comum dos humanos. Posso perdoar, embora não poderei esquecer, o insulto gratuito aos socialistas do mundo inteiro a partir de uma figura patética, que dá todos os sinais de que sequer saber o que é socialismo. Posso perdoar, mas não esquecerei da infame acusação aos índios  como culpadoss pelas queimadas da Amazônia. Posso perdoar, mas não poderei esquecer a manipulação pública de uma índia em plena Assembléia Geral para justificar uma política indigenista de extermínio cultural.

De tudo que ouvi de Bolsonaro na ONU, a parte  que mais me chamou a atenção foi a que evocou em mim, no final do discurso no estilo hitlerista, carregado de ódio e de falso patriotismo, a frase célebre do grande pensador inglês, Samuel Johnson: “O patriotismo é o último refúgio do canalha.”

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.