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Ricardo Mezavila

Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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O vídeo suspeito de Sergio Moro

"O senador está tentando se safar das denúncias do advogado Rodrigo Tacla Duran, que o acusa de um suposto esquema de extorsão no processo em que é réu"

Sérgio Moro (Foto: Reprodução)

Tudo o que acontece no Brasil, principalmente se vier de um vídeo viralizado, tem que ser analisado sob suspeita. O vídeo em que o senador Sérgio Moro diz, aparentemente em um lugar descontraído onde acontecia um evento, que supostamente alguém teria ido comprar um habeas corpus com o ministro Gilmar Mendes, é muito suspeito.

A vice-procuradora-geral da república, Lindôra Araújo, denunciou o senador afirmando que ele: “agiu com a nítida intenção de macular a imagem e a honra objetiva do ofendido, tentando descredibilizar a sua atuação como magistrado da mais alta Corte do país”

Ora, senhora Lindôra, com todo mérito que Sergio Moro tem de ser denunciado, acusado e preso, parece que a PGR também está fazendo uma ‘fezinha’ na espetacularização para tentar limpar os últimos anos de total ineficiência e compadrio com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O senador Sergio Moro está tentando se safar das denúncias do advogado Rodrigo Tacla Duran, que o acusa de um suposto esquema de extorsão no processo em que é réu por lavagem de dinheiro para a empreiteira Odebrecht.

Vivendo seu pior momento, Sérgio Moro divulgou o vídeo com a intenção de lançar uma cortina de fumaça sobre o caso Tacla Duran, conseguir holofotes, como a coletiva de ontem para se defender e, principalmente,  para criar um ambiente de perseguição política.

O MINÚSCULO Moro disse que a frase foi tirada de contexto, o que parece ser fato. A vice-procuradora-geral confirmou isso quando escreveu na denúncia que Moro “emitiu a declaração em público, na presença de várias pessoas, com o conhecimento de que estava sendo gravado”.

Essa denúncia vai fazer água e servir de escada para a defesa do denunciado nos processos em que ele realmente não tem como escapar.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.