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Celso Raeder

Jornalista e publicitário, trabalhou no Última Hora e Jornal do Brasil, é sócio-diretor da WCriativa Marketing e Comunicação

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Organizações paramilitares estão nos planos da “nova política”?

A proximidade do clã Bolsonaro com grupos paramilitares é um fato inquestionável. A dúvida, por enquanto, é qual o tipo de "missão" que se planeja a partir do fortalecimento dessas brigadas criminosas

Organizações paramilitares estão nos planos da “nova política”? (Foto: Carolina Antunes - PR)
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A proximidade do clã Bolsonaro com grupos paramilitares é um fato inquestionável. A dúvida, por enquanto, é qual o tipo de "missão" que se planeja a partir do fortalecimento dessas brigadas criminosas. E é bom que as Forças Armadas fiquem atentas quanto a isso, já que pode estar sendo gestada uma organização nacional de combate "a tudo isso que está aí", nos moldes das Farcs colombiana, com viés ultradireitista e disposta a aniquilar as instituições democráticas consolidadas pela Constituição federal.

É uma grande tolice pensar que a liberação de armas para "pessoas de bem" se destina à proteção pessoal e da família. Pela quantidade de munição e pelo calibre dos armamentos, propostos pelo decreto presidencial, o que se vislumbra é uma sociedade pronta para uma guerra civil, açodada pelo ódio e preconceito. As milícias, que ocupam vários territórios nas grandes capitais, fazendo fortuna com a venda de serviços e segurança, já entenderam que podem estender seus domínios para além dos guetos, dependendo da interpretação que fazem dos sinais emitidos pelo Palácio do Planalto.

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O silêncio do ministro da Justiça, Sérgio Moro, por exemplo, é um desses sinais, que se juntam a outros, como o não esclarecimento sobre quem mandou matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. O operador financeiro da lavagem de dinheiro, Fabrício Queiroz, não perde uma noite de sono preocupado com a Justiça brasileira. Tudo isso gera estímulos para o crescimento dessas organizações paramilitares, que já vislumbram a perspectiva de se tornarem o braço armado de uma ditadura, se tudo ocorrer conforme o que acredito esteja sendo planejado.

Embora entoe a cantilena de amor ao Exército de Caxias, a vida pregressa do capitão revela que a coisa não é bem assim. E a recíproca é verdadeira, já que teve sua vida militar compulsoriamente abreviada, saindo pela porta dos fundos como persona non grata. Ou será que fizeram um desfile, lhe colocaram no peito uma medalha, com direito a discurso do general que o comandava e eu não fiquei sabendo?

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As manifestações de rua em apoio ao capitão-presidente corroboram com minhas suspeitas. Estavam lá sujeitos esquisitos, uniformizados, gritando palavras de ordem contra o STF, o Congresso Nacional, contra a Constituição, e bastará um fuzil na mão de cada um para que façam valer suas vontades pela força.

A sociedade precisa atentar para o perigo que está correndo, compreendendo a tempo as implicações decorrentes da distribuição de armas nas mãos de quem pode pagar, não por acaso, a parcela da população que majoritariamente apoia o presidente. Se hoje ele açula esses grupos através de redes sociais, para que saiam às ruas para defendê-lo, imagine o que fará quando, ao invés de bandeiras e bonecos infláveis, portarem fuzis e escopetas na Avenida Paulista. Aí, talvez seja tarde para entender que, a "nova política", na verdade não passa de uma proposta de ditadura, nos moldes das mais cruéis da História da Humanidade.

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