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Matheus Brum

Mineiro de Juiz de Fora, jornalista e escritor

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Os desafios do campo progressista nestas eleições

Mais que nunca é preciso projetos que fomentem a discussão política dentro das escolas e a reativação e empoderamento das associações de moradores. Este diálogo é de vital importância para começar a despertar a consciência de classe dentro das pessoas. Assim, começaremos a formar uma base que, bem trabalhada, gerará projetos valiosíssimos para qualquer município

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Olá, companheiros e companheiras. Tudo bem? Na semana passada, o Congresso Nacional “bateu o martelo” sobre a data das eleições municipais deste ano. Ao invés de serem realizadas em outubro, foram adiadas para novembro. A mudança foi em decorrência da pandemia do novo coronavírus. 

Com a data já definida, as negociações para o pleito voltaram a esquentar. E depois de um 2016 bem desanimador para o campo progressista, em virtude de todo o desgaste por causa do impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, é necessário recuperar o espaço perdido nas urnas. 

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E como fazer isso? Está bem claro para qualquer um de nós que as eleições são secundárias. A cabeça da população não está voltada para as urnas. A pandemia, o desemprego e a crise econômica são fatores que despertam muito mais interesse nas pessoas. Afinal de contas, são temas que afetam, diretamente, a vida de cada uma delas. 

Por mais que por trás de cada um destes problemas há a questão política, é difícil conseguir colocar isso na cabeça das pessoas de uma hora para outra. Diante deste cenário, as eleições se tornam ainda mais desafiadoras para os representantes progressistas nos municípios brasileiros. 

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Temos, como costume, o hábito de ir para rua, fazer corpo-a-corpo, conversar com as pessoas, reunir representantes de bairros, etc. Entretanto, devido à pandemia, essa movimentação será muito menor. Basicamente, a campanha se concentrará nas redes sociais. E este é o primeiro desafio. Ao analisar o cenário nacional, percebemos, sem precisar fazer muita forma, que nosso engajamento digital é pequeno perto dos nossos adversários. 

Nesta pandemia, diversos institutos ligados a partidos e organismos progressistas fizeram cursos e capacitações sobre marketing digital e redes sociais visando as eleições. Quem ainda não fez, aconselho se inscrever. É de vital importância termos o domínio da rede nesta campanha. 

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Passado este primeiro ponto, me atenho a questões mais programáticas. É necessário termos em mente que haverá uma grave recessão econômica no pós-pandemia. Ainda não dá para mensurar o tamanho exato. Porém, temos subsídios mais que suficientes para saber que os próximos anos serão complicados para economia. 

Os municípios já enfrentam problemas de arrecadação há anos. A tendência é piorar. Ao mesmo tempo, a Prefeitura e a Câmara são as duas instituições mais próximas do povo. São os representantes que mais sentem na pele os ânimos, felizes ou tristes, da população. Só por isso, conseguimos ter em mente o tamanho do desafio. 

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Mais do que nunca é preciso ouviras pessoas. Saber dos seus medos, anseios e principais desejos. É explicar qual o papel que prefeitos e vereadores podem cumprir para a melhoria da qualidade de vida da população. A construção de um plano de governo popular é o primeiro passo. 

Na sequência, o parco investimento precisa ser nas áreas assistenciais. Revitalização de praças, melhoria nas escolas e programas que entreguem cestas básicas e outros produtos indispensáveis para as pessoas superarem as dificuldades vindouras. Obras de infraestrutura, mesmo as mais simples, geram empregos, que podem ser revertidos para moradores das comunidades, gerando renda. Se possível, incentivar a abertura de pequenos comércios locais, para fomentar a circulação de dinheiro e criação de vagas de trabalho.

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Já na parte parlamentar, o principal desafio será fiscalizar os gastos públicos e organizar as comunidades. Mais que nunca é preciso projetos que fomentem a discussão política dentro das escolas e a reativação e empoderamento das associações de moradores. Este diálogo é de vital importância para começar a despertar a consciência de classe dentro das pessoas. Assim, começaremos a formar uma base que, bem trabalhada, gerará projetos valiosíssimos para qualquer município. 

Sinceramente, ater toda uma disputa apenas nas questões nacionais, de críticas ao governo federal, é perda de tempo. Na verdade, precisamos separar o “joio do trigo”. Debater a conjuntura do país é necessário? Sim! Demais. Entretanto, não podemos esquecer do debate local. Enquanto ficarmos colocando todas as nossas energias apenas no debate macro, esquecemos do micro, e isso faz com que figuras nefastas, politiqueiras, sem projetos, e que fazem a velha promessa do “pagar conta de água, luz e gás de cozinha”, continuarem ganhando. 

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Elencar os problemas da cidade e pensar em projetos que cuidem do povo, principalmente dos mais vulneráveis, é o caminho para recuperarmos o espaço perdido. Essa é a minha tese. Concorda? Qual é a sua? Vamos debater!

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