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Francisco Calmon

Ex-coordenador nacional da Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça; membro da Coordenação do Fórum Direito à Memória, Verdade e Justiça do Espírito Santo. Membro da Frente Brasil Popular do ES

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Os retardatários são bem-vindos ao Lula já

Se não houver justiça a Bolsonaro e áulicos, a repetição pode ocorrer, em nova era de tragédias para a maioria da sociedade

Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Alan Santos/PR | Ricardo Stuckert/PT)
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Se antes erraram, o tempo certo para corrigir é agora.

"Se eu não for eleito, chega para mim”, declarou Ciro Gomes.

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“O certo é que, com o aumento da tensão, Ciro ficará neutro no segundo turno. Vai para Paris ou outro lugar, mas não apoiará Bolsonaro, nem fará campanha para Lula”, afirmou Merval Pereira do Globo. 

O jornalista é porta voz do Ciro ou da Globo? É pensamento desejoso dele, da Globo ou baseado em quê? 

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 Uma ala histórica do PDT lança manifesto com duras críticas a Ciro e conclama os brizolistas a somarem com Lula no primeiro turno.

Uns chutam, outros querem falar por ele, a que ponto se deixou chegar. Sem um gesto magnânimo, Ciro ficará na rabeira da história, como exemplo de decadência política ou de como esconder por tantos anos seu verdadeiro caráter ideológico e oportunismo político.

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"O presidente da República tem a violência como projeto. Por isso fez o incessante trabalho de ampliar o acesso às armas, vociferar contra pessoas que ele escolhe como alvo e jamais desautorizar ato truculento de seus seguidores", disse a jornalista Míriam Leitão

Ela aponta que Bolsonaro quer provocar uma guerra civil no país e diz que a "democracia" errou ao não punir no passado.

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Convidada por mim, para depor quando da visita da CNV ao nosso estado, evento promovido pelo Fórum Memória e Verdade do ES, aceitou e depois cancelou alegando reunião com a direção da Globo, posteriormente fez um voo solo. Esteve no município de Vila Velha, onde fica o Quartel do Exército no qual ficou presa, tirou fotos e fez declaração. Somou mas não agregou o suficiente como poderia, se se incorporasse na época ao movimento nacional de Memória, Verdade e Justiça. 

O timing era aquele, e, talvez, pudéssemos ter chegado à criminalização dos agentes que cometeram as graves violações dos direitos humanos durante a ditadura militar.

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Luiz Nassif em seu artigo, “Quando Vera Magalhães estava no lado escuro da força, lembra e faz o leitor saber como ela chegou e subiu no jornalismo mercantilizado.

“Nada justifica o ataque desferido pelo bolsonarista, mas é curioso analisar o comportamento da jornalista quando estava do lado escuro da força”, diz Nassif.

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Vera é uma vítima e merece indignação e solidariedade, mas não é uma heroína, não é uma referência do jornalismo independente. 

William Waack propõe ao Lula anistiar Bolsonaro, em caso de vitória, para "pacificar o Brasil".

A sugestão é o reconhecimento de que Bolsonaro é um criminoso! 

Se o WW acertou na admissibilidade do julgamento e condenação do atual presidente, na entrevista ao Lula cometeu mais uma vez a ignorância de achar que Dilma foi impedida por improbidade administrativa, após tantos já declararem, no passado do golpe de 2016 e após, mostrando que “pedaladas” não são crimes de improbidade; o julgamento da Dilma foi político, uma indecência jurídica, que ficará para os anais da história e no particular do Congresso nacional e do Judiciário, como uma vergonha. 

Outra barbaridade que teimam em repetir é a de que Lula não foi inocentado.

Ora, ora, se não houve condenação transitada em julgado, ele é inocente, ponto final; não existe coluna do meio: ou é culpado ou inocente (inciso LVII do artigo 5º da Constituição Federal: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória)

Quem assim o declarou inocente foi a mais alta instância jurídica do país, o STF. O judiciário é hierarquizado e a Constituição é uma só. 

Jornalistas não podem desconhecer a Carta Magna, sob pena de informar mal.

A pacificação no Brasil não dever ser a da impunidade. 

O fim formal da ditadura, 1985, sem aplicação da justiça de transição, levou a 2013, 2016 e 2018. 

Se não houver justiça a Bolsonaro e áulicos, a repetição pode ocorrer, em nova era de tragédias para a maioria da sociedade. 

O jornalismo do “ponto-eletrônico” é aquele que o jornalista repete ou escreve o que o seu empregador quer, não tem liberdade de pensamento e expressão, tem a coleira da submissão, geralmente sob gordos salários.

Sua autonomia está restrita a usar o vernáculo a seu modo, para produzir o definido pela empresa que o emprega; inobstante ser um trabalho considerado intelectual, está semelhante ao operário que produz o sapato, o carro, conforme os engenheiros definiram, a serviço dos patrões, que o fazem visando o consumo para gerar lucros e manter os trabalhadores na alienação do que produzem. 

No caso da imprensa é mais. É visando também manter o poder político da empresa de intervir na vida do país, com um viés de parcialidade, disfarçado muitas vezes. 

Todo arrependimento é bem-vindo, principalmente daqueles que cobraram tanto autocrítica do PT, como um mantra.

Que o façam sem camuflagem, admitindo que estão chegando bem tarde a enxergar e declarar a verdade (ou a meia verdade).  Assim foi com o movimento das diretas já e com a autocrítica pífia do Globo 50 anos depois do seu apoio ao golpe de 64.

A classe dominante no país está dividida quanto a Lula vencer no primeiro turno. 

Embora admita que seria o melhor para a democracia e a paz social, querem evitar, temendo que possa levar a um grande empoderamento do Lula.

Ocorre que é esse empoderamento que permitirá, com rapidez, o governo Lula/Alkmin levar o país a crescer com justiça social e retomar a construção da democracia. 

Preferem mais sofrimento, mais tensão e até o risco de eventuais insurgências posteriores, a afastar logo essa tragédia.

Errando constantemente no timing, quando realmente colocarão a democracia e o Brasil acima de seus apetites oportunistas e estruturais? 

Caso o Lula não vença no primeiro turno, terão parcela de culpa. Levarão quanto tempo mais para sair do lado sombrio da força, 50 ou os 100 anos dos sigilos?

O eixo sob o qual não deve mais haver desvio é o da construção e consolidação da democracia.

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