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Ronaldo Lima Lins

Escritor e professor emérito da Faculdade de Letras da UFRJ

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Os tiros (pela culatra) de Levy Gasparian

Roberto Jefferson 28/07/2018 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
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O rosto deformado de ódio e megalomania de Roberto Jefferson, quando se elevou à condição de terrorista e disparou contra a Polícia Federal, tinha de significar algo mais do que um mero surto de loucura. O que se achava em jogo transcendia aos limites do decadente deputado, sem dúvida muito menor no que a Ministra Carmem Lúcia, do STF. Ela cresceu no incidente. Ele reduziu de tamanho, abandonado até pelo “amigo” Jair Bolsonaro de quem não devia esperar mais do que um dar de ombros. A expressão transtornada antevia o volume da derrota segundo suas expectativas. Enquanto isso, a campanha de Lula, à testa da frente democrática que costurou como hábil alfaiate, cresceu e se configurou imbatível. Os fascistas desesperados se verão forçados a admitir a derrota. Afinal, lembrando o Gerson, o jogador do nosso vitorioso futebol, quem reclama já perdeu.

Diante de nós o campo progressista une, de repente, o passado e o futuro, os momentos em que a população se expressou, escolheu dirigentes e precisou se curvar frente à barbárie. Evoco a trajetória de Arraes, no Recife, em 1962, consagrado pelo voto popular e a manchete do jornal Ultima Hora que o saudou: “Multidão levou Arraes até o Campo das Princesas, carnaval nas ruas, povo no poder”. Eu, jovem jornalista, na redação, participei do sonho, logo depois desfeito pela tirania de agentes fardados. Talentos, como Milton Coelho da Graça, a quem presto homenagem, estavam lá.  Sonhos às vezes não têm efeito imediato. O que se mostra impossível num instante, sessenta anos depois, às vezes toma conta das circunstâncias e se realiza, pela contribuição dos que caíram e dos que ficaram defendendo ideais. Nesse sentido, Lula dispõe do perfil necessário para exercer a liderança nas atuais batalhas e conservar a chama da esperança. Coragem não lhe falta. Espirito de luta, também não. Não se deixa dobrar pelas adversidades do destino. Em termos humanos supera por três corpos de vantagem os traços de seu adversário. São os motivos pelos quais a massa de votantes o apoia e lhe garante a vitória. Só quem sofreu como ele, incluindo os 580 dias de prisão arbitrária, em Curitiba, sabe como é bom e revigorante permanecer de pé. Brasileiros de Norte a Sul e de Leste a Oeste, certos das dificuldades a enfrentar, contam com ele na liderança da nação, afastando inimigos, contornando obstáculos, pensando nos pobres e desvalidos e descobrindo meios de ajudá-los.

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Um bom governo, para o povo, é como uma declaração de amizade, justo o que o outro, o capitão, não tem como oferecer. Foi testado nos mais diversos instantes e não ficou à altura dos desafios. Riu-se da epidemia e dos mortos. Ignorou os que sofriam de fome e de abandono, deslumbrado pelos clarões do poder e das benesses daí advindas. Namorou com o nazismo e o fascismo. Esqueceu-se de que contra eles, mobilizamos soldados e militares que se somaram aos combatentes aliados. É preciso dizer mais? As urnas sabem responder com a força das manifestações democráticas. Citemos novamente Gerson. Reclama? Tente uma audiência com Roberto Jefferson, em Bangu 8, onde se hospedará por uma longa temporada. Não adianta: já perdeu.

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