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Mauro Nadvorny

Mauro Nadvorny, é Perito em Veracidade e administrador do grupo Resistência Democrática Judaica". Seu site: www.mauronadvorny.com.br

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Otto, o Comunista

Mesmo sabedores da vida militar pregressa desta anta, generais aceitaram fazer parte do governo de Bolsonaro se subordinando a um capitão. Quando se olha para isso, compreende-se a homenagem a Eduard Ernest Thilo Otto Maximilian von Westernhagen. São iguais

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A boa da semana foi a homenagem do Exército Brasileiro ao oficial do exército alemão de nome pomposo, Eduard Ernest Thilo Otto Maximilian von Westernhagen, mais conhecido como Otto Maximilian, provavelmente por serem os únicos nomes pronunciáveis em português.

O militar, que havia lutado na II Guerra Mundial pelo Exército Nazista, estava no Brasil fazendo uma espécie de intercâmbio em 1968, quando foi pego e justiçado pela Colina (Comando de Libertação Nacional). Até aí um efeito colateral do combate à ditadura militar.

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Não podemos afirmar com certeza absoluta de que pelo fato dele lutar com os nazistas, ter sido ferido em combate com os nazistas e recebido uma medalha de Hitler, o Fuher Nazista, que ele fosse nazista. Mas algumas coisas podem ser ditas.

Muitos soldados alemães, que não eram nazistas, desertaram, ou se entregaram as forças aliadas. Não foi o caso dele.

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Muitos soldados alemães, que não compactuavam com os nazistas e também foram feridos em batalha, não quiseram ser condecorados, ou jogaram a medalha no lixo. Não foi o caso dele.

Ainda assim, a contragosto, talvez o Otto não fosse um nazista, admito esta possibilidade. No entanto ele lutou por um regime que o Exército Brasileiro combateu e contra o qual 443 pracinhas perderam a vida.

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Para quem não percebeu, a homenagem se deu única e exclusivamente pelo fato de que um grupo de esquerda que lutava contra a ditadura militar, matou o soldado alemão. Se o diabo em pessoa tivesse sido morto por um grupo de esquerda naquela época, o Exército brasileiro estaria hoje homenageando o Inferno, simples assim.

Convenhamos que depois do Chefe das Forças Armadas ter batido continência para a bandeira americana, homenagear um suposto nazista que foi inimigo de guerra do Brasil, se torna plausível. 

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A fruta não cai longe da árvore. Este mentecapto que assumiu a presidência do país foi um militar. Tão ruim que o desligaram por transgressão grave ao Regulamento Disciplinar do Exército. Ainda assim sempre se comportou como aqueles seguranças de festa de aniversário que nunca passaram no concurso para policial. Idolatrava torturadores militares, exaltava a ditadura esse achava o maior milico da tropa.

Mesmo sabedores da vida militar pregressa desta anta, generais aceitaram fazer parte do governo dele se subordinando a um capitão. Quando se olha para isso, compreende-se a homenagem ao Otto. São iguais.

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Quem perde com esta sandice são os combatentes brasileiros que tem sua honra manchada, sua importância diminuída, sua memória maculada e sua história achincalhada.  Para o Exército Brasileiro fica a imagem de que um soldado inimigo tem mais valor do que os nossos caídos que lutaram contra ele.

Claro que a comunidade judaica também não recebeu esta notícia com muito gosto. Sem entrar no mérito da maior ou menor convicção nazista do Otto, ainda assim ele havia combatido na guerra pela Alemanha Nazista, a mesma que assassinou seis milhões de judeus. Os grupos progressistas pularam da cadeira, e a CONIB (Confederação Israelita do Brasil) emitiu uma nota.

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Existe nisso tudo uma enorme ironia. Este governo já chegou a dizer que o nazismo era de esquerda, algo repetido pelo inepto ao visitar o Museu do Holocausto deixando a direção do museu na obrigação de fazer um esclarecimento negando este absurdo. Bem, se o nazismo era de esquerda, logicamente o Otto combateu por um exército de esquerda. Sendo assim, o Exército Brasileiro homenageou um combatente comunista que foi morto por comunistas. Podem rir, é cômico. O mundo Bolsominion é assim mesmo.

Falando sério, o país não tem governo. O que existe é uma caricatura mal desenhada. Ele precisa ser afastado por sua total incapacidade de exercer a presidência. Seus primeiros seis meses são uma tragédia nacional e uma vergonha internacional. Não existe plano para nada, objetivos a serem alcançados, metas a serem atingidas, nada de coisa nenhuma.

Enquanto isso, o Presidente Lula, preso político, de dentro da cadeia, tem mais soluções planos para tirar o país da crise sem prejudicar os trabalhadores, do que todo o ministério governamental.

Pensando bem o único brasileiro feliz nestes dias é o ministro astronauta que vive no Mundo da Lua. Acho que ele está lá escondendo o Queirós.

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