Para Lula, nada nunca será fácil

Lula tem 60 anos de vida pública: foi dirigente sindical metalúrgico, criou o PT e a CUT, foi deputado federal constituinte e presidente da República. Liderou as memoráveis greves do ABC, que trouxeram o componente popular à derrocada da ditadura instaurada em 1964. Foi preso em 1980 por isso.

Optou pela participação política institucional disputando mandatos. Perdeu 1982, foi eleito deputado federal constituinte em 1986 e disputo e perdeu 3 eleições presidenciais. Uma, em 1989, claramente manipulada pela grande mídia e pela grana do establishment dominante.

Disputou em 1994 e 1998. Esta tendo Leonel Brizola de vice. Reconheceu os resultados e lembro bem: em 1999, no Congresso do PT em Belo Horizonte, rejeitou enfaticamente a insígnia de “fora FHC” proposta por setores do Partido.

Ampliou o leque de alianças e venceu as eleições presidenciais em 2002 e 2006. Desenvolveu o país colocando-o como a sétima economia do mundo e construiu o maior Programa de transferência de renda. Programa que é exemplo para várias experiências mundo afora.

Lula fez o Brasil crescer 7,5% em 2010; quitou a dívida externa com o FMI e elegeu e reelegeu Dilma Rousseff. Para desassossego da mídia empresarial e suas “penas de aluguel” e do sistema de poder que verdadeiramente comanda o país e que ocupa posições destacadas no Judiciário e no Legislativo federal e que são dirigidos pelas “ideias” emanadas pelos agentes econômicos.

Foi novamente preso por isso em 2017.

Lula, aos 77 anos, volta para salvar o país do protofascismo civil-militar. Desde então, sofre um cerco implacável da mídia. Dessa vez, pasmem, também de setores ditos de “esquerda” que tal e qual bonecos de ventríloquos, usam os canais das novas redes sociais e com o apoio de algoritmos-tal e qual quintas-colunas, assacar contra o governo popular.

Com a certeza inabalável de ter sempre escolhido o lado certo: o lado dos pobres, Lula e o PT seguem ultrapassando esses percalços.

Para a verdadeira esquerda brasileira a vida nunca foi fácil. Para Lula, que veio de pau-de-arara para São Paulo enfrentando a fome e a miséria, muito menos.

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