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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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Para onde nos arrasta Temer e até quando permitiremos?

Esse desgoverno deve ser interditado. Elementos não faltam para legitimar a sua interrupção, a convocação de eleições diretas e de uma constituinte cidadã. Desde a entrega da soberania do País a interesses internacionais e financeiros, passando pelas inconstitucionais supressões de direitos, até à descarada corrupção registrada em gravações, malas, mulas e jatinhos

Temer no Palácio do Planalto 27/7/2017 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Enio Verri)
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Temer e seu notável ministério de irresponsáveis arrastam o Brasil para a estagnação e asfixia econômica. O governo não investe. Estabeleceu um teto de gastos de duas décadas em nome do equilíbrio das contas, mas emplacou um déficit R$ 20 bilhões a mais do anunciado logo nas primeiras semanas do golpe instalado. De outro lado, Temer e Meirelles desinvestem na produção industrial e científica do Estado, cortam programas sociais e desnutrem escolas e universidades públicas.

Enfim, a ordem é a austeridade, objeto de desejo de Meirelles. De um lado, temos um governo deliberado a esvaziar e reduzir o Estado a uma feitoria produtora de commodities, a bem da elite mais brejeira, truculenta, atrasada e cafona do mundo. Do outro lado, a iniciativa privada não confia e está sem condições de investir. Segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) as despesas financeiras de 40% das empresas serão, em 2017 maiores que a geração de caixa, em torno de 10%.

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O desgoverno Temer é refém do único ramo da economia que lucra com a crise econômica, o mercado financeiro. É dependente de receitas extraordinárias que se revelam aquém das demandas da economia nacional. A primeira versão do REFIS previa arrecadar, em três anos, R$ 13 bilhões e perdoar R$ 63,8 bilhões de dívidas de empresas. Depois de 300 emendas à MP 783, de parlamentares empresários, ou ligados a eles, o governo vai arrecadar R$ 500 Milhões e abrir mão de R$ 543,3 Bilhões.

A regularização de ativos no exterior é uma das maiores frustrações do ministro da Fazenda, Henrique Meireles. A almejada arrecadação de R$ 6,1 bilhões, da esperada regularização de R$ 13 bilhões, transformou-se em R$ 900 milhões, porque nem R$ 3 bilhões foram regularizados, até o fim de julho. Não se deposita confiança num governo que está preso a uma armadilha cuja saída custará reservas internacionais e o rastejamento às portas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Em meio à tragédia econômica e social pela qual passa a nação, Temer, com a colaboração da imprensa interessada no golpe, capitaliza em cima da desgraça e do constrangimento alheio. O desgoverno gosta de anunciar que a massa real de salários de quem está empregado subiu, nem 1%. O fenômeno decorre da constante redução da taxa de inflação. Temer não explica que a deflação faz parte de um ciclo vicioso de não produção por falta de empregos e, consequentemente, de quem consuma.

Pior, Temer e Meirelles colocam a culpa da crise nos mais pobres e vendem a ideia de que a saída para o seu fim e a retomada da economia é a aprovação da reforma da Previdência. Como já é bem sabido pela população, ela vem para, entre outras medidas, fazer trabalhadores braçais se aposentarem com mais de 60 anos, beneficiados de prestação continuada, pessoas extremamente pobres, receberem metade do salário mínimo a que teriam direito e estabelecer tempo de 25 a 49 anos de contribuição.

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Esse desgoverno deve ser interditado. Elementos não faltam para legitimar a sua interrupção, a convocação de eleições diretas e de uma constituinte cidadã. Desde a entrega da soberania do País a interesses internacionais e financeiros, passando pelas inconstitucionais supressões de direitos, até à descarada corrupção registrada em gravações, malas, mulas e jatinhos. O que falta para nos fazer respeitar?

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