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Cesar Locatelli

Economista e mestre em economia.

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Para reduzir desigualdades a reforma deveria ser outra

Ao contrário de combater privilégios, a “economia” contida nessa reforma, aceita ontem pelos deputados, virá dos trabalhadores mais baixa renda

Previdência Social (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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No dia seguinte a aprovação pela Câmara da reforma da Previdência, o jornal Valor Econômico traz um artigo de quatro economistas, ‘A quem interessa aumentar a desigualdade?’, o celebrado Thomas Piketty entre eles, que afirma que para reduzir desigualdades a reforma deveria ser outra.

“O Brasil discute uma reforma da previdência que tende a aumentar desigualdades, embora sua propaganda aluda ao combate de privilégios. O país também se prepara para debater uma reforma tributária de modo independente da previdência. Se a redução das desigualdades fosse finalidade das reformas, as mudanças na previdência deveriam ser outras. E ambas as reformas deveriam ser debatidas conjuntamente”, afirmam Thomas Piketty, Marc Morgan, Amory Gethin e Pedro Paulo Zahluth Bastos.

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Ao contrário de combater privilégios, a “economia” contida nessa reforma, aceita ontem pelos deputados, virá dos trabalhadores mais baixa renda. Afirmam eles:

“Nas projeções do governo para a proposta original, no entanto, a suposta ‘justiça fiscal’ com o aumento das alíquotas de contribuições de funcionários públicos representa 1% da economia, enquanto 91% (R$ 4,1 trilhões em 20 anos) viria da assistência social e do regime geral, onde 90% dos aposentados recebem até 2 salários-mínimos.”

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Como o debate e a votação agora se encaminha para o Senado, ainda há tempo de salvar o sistema da destruição e encaminhar uma reforma que, de fato, combata privilégios.

“Ainda é tempo de debater com honestidade como combater privilégios e reduzir desigualdades. Porém, levar adiante a reforma da previdência nos termos atuais tornaria o Brasil um exemplo mundial de como destruir um sistema solidário de previdência e aumentar a desigualdade”, concluem os economistas.

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