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Oliveiros Marques

Sociólogo pela Universidade de Brasília, onde também cursou disciplinas do mestrado em Sociologia Política. Atuou por 18 anos como assessor junto ao Congresso Nacional. Publicitário e associado ao Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político (CAMP), realizou dezenas de campanhas no Brasil para prefeituras, governos estaduais, Senado e casas legislativas

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PCC, PIX e NKLS

NKLS, para os mais chegados, acabou prestando um serviço de altíssima relevância ao crime organizado ao espalhar fake news contra a fiscalização das fintechs

Nikolas Ferreira (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

E não é que essa sopa de letrinhas tem mesmo algo a ver. O deputado Chupetinha, também conhecido como Nikolas - ou NKLS, para os mais chegados –, acabou prestando um serviço de altíssima relevância ao crime organizado no Brasil ao espalhar fake news contra a fiscalização das fintechs. A PF e a Receita, por sua vez, devem seguir firmes nessa carreira, que muito provavelmente levará ao septo de alguns narigões da extrema-direita.

O crime planejado

Esta semana também veio à tona um plano para assassinar um promotor que atua diretamente contra organizações de traficantes no Estado de São Paulo. Dois criminosos, travestidos de empresários, foram presos. Mas, como o plano não chegou a ser executado, há quem diga que parlamentares extremistas no Congresso pedirão a liberdade dos bandidos. O argumento utilizado seria de que tudo não passou de meros “pensamentos digitalizados”, alguns “considerandos” inofensivos – que não mataram ninguém.

Eleições operam milagres

A capacidade que as urnas eletrônicas têm de despertar súbitos acessos de “bom samaritanismo” em certos políticos é realmente absurda. O exemplo da vez tem nome e sobrenome: o governador do Paraná, Carlos Roberto Massa Junior. Depois de sete anos cobrando um dos IPVAs mais caros do País, resolveu anunciar, justamente agora, a redução do tributo. Azar do próximo governador ou governadora, que herdará a conta. Azar também dos municípios paranaenses, que verão sua arrecadação minguar. A pergunta que fica é simples: se podia fazer, por que não fez antes?

Fora Trump

Imagino que as eleições de meio de mandato do próximo ano podem inaugurar a operação “Fora Trump”. E, convenhamos, razões não faltam para o seu despejo da Casa Branca. O bilionário coleciona absurdos como quem coleciona imóveis: os tarifaços que fizeram até o cafezinho americano virar artigo de luxo; a tentativa grotesca de demitir uma diretora do FED, como se o Banco Central fosse uma de suas empresas falidas; a perseguição a profissionais da saúde e da educação que ousaram discordar de suas sandices; as políticas xenófobas contra migrantes; e, para completar o quadro, a mais nova invenção trumpista - a “eugenia urbana” contra moradores em situação de rua, já em prática em Washington.

O adversário de Tarcísio

Vem de onde menos se esperava - ou talvez de onde mais se deveria esperar - o principal adversário de Tarcísio de Freitas em sua tentativa de disputar as eleições presidenciais: a própria família Bolsonaro. O clã já percebeu que a única forma de se manter politicamente vivo é sabotar qualquer candidatura da direita que não leve o seu sobrenome. Afinal, sabem que, no instante em que outro nome ganhar fôlego nesse campo, acaba de vez o sonho deles de liderar qualquer coisa que vá além de alguns bois e vacas.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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