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PMDB aposta em pesquisas em Goiás, mas vale para toda a oposição?

Iris e Friboi fazem acordo em que um apoia o outro que estiver melhor nas pesquisas. Estratégia também poderia contemplar Paulo Garcia, Antônio Gomide e Vanderlan Cardoso?

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No PMDB, um acordo tático entre o empresário José Batista Júnior, o Jr. Friboi e o ex-governador Iris Rezende Machado selou a paz na legenda: quem estiver melhor nas pesquisas quantitativas e qualitativas será o candidato do partido. Ótimo. É um critério claro, técnico, objetivo. Mas, vale uma pergunta: esta solução pode valer também para os demais nomes da oposição? O PMDB toparia fazer esta proposta para os prefeitos petistas Paulo Garcia (Goiânia) e Antônio Roberto Gomide (Anápolis), ou para o ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso (PSB)? Eis a questão.
 
As vitórias de candidatos oposicionistas em Goiás só se deram com a união da maioria destas forças em prol de uma única candidatura. Foi assim com a vitória de Nion Albernaz (PSDB) em 1996, quando os deputados federais Ronaldo Caiado (*PFL), Roberto Balestra (*PPR), Lúcia Vânia (*PP) e Maria Valadão (PTB) botaram as diferenças com o tucano de lado e toparam apoiá-lo contra o Valdi Camarcio (PT), candidato do então prefeito Darci Accorsi e contra o deputado estadual Luis Bittencourt (PMDB) candidato do governador Maguito Vilela (PMDB) e do senador Iris Rezende (PMDB).
 
A fórmula que deu certo em 1996 seria repetida em 1998, na candidatura do então deputado federal  Marconi Perillo (PSDB), que teve no mesmo palanque cinco ex-governadores (Mauro Borges, Otávio Lage, Leonino Caiado, Irapuam Costa Júnior, Ary Valadão e Henrique Santillo) e os principais líderes oposicionistas: Nion Albernaz (PSDB), Roberto Balestra (*PPB), Ronaldo Caiado (*PFL), Lucia Vânia (PSDB),  o ex-deputado federal por cinco mandatos Fernando Cunha (PSDB),  e outros próceres oposicionistas como o ex-prefeito e deputado estadual por Santa Helena Alcides Rodrigues (que trocou a reeleição para ser candidato a vice). No segundo turno, teria o reforço dos  partidos de esquerda: PSB, PC do B, PT e PSTU, que garantiriam a mudança de poder em Goiás.
 
Nas eleições de 2008 o PT abriu mão de candidatura própria e apoiou a reeleição do prefeito Iris Rezende (PMDB). A decisão se deu em meio a um grande debate interno, resolvido em histórica convenção onde por 116 votos a 115 o partido liderado por Osmar Magalhães, Neyde Aparecida, Paulo Garcia, Luis Cesar Bueno, Djalma Araújo, Carlos Soares, Paulo de Tarso, Paulo Cesar Fornazier decidiu aprofundar a política de alianças do partido em Goiás. A guinada do PT em favor de Iris teve como foco duas estratégias, garantir o apoio do PMDB à eleição da presidente Dilma Roussef (PT) em 2010 e estabelecer as bases para uma ampla aliança visando desapear o PSDB do poder em Goiás. Bateu na trave.  Com uma campanha franciscana, comparada com o volume de recursos mobilizados no palanque marconista, o ex-prefeito Iris Rezende deixou de ser o governador por meros 90 mil votos.
 
O embate que se avizinha em 2014 tem o mesmo grau de dificuldade daquele vivenciado em 2010. Há um desgaste visível da imagem e da administração de Marconi Perillo, entretanto, de véspera não se ganha nada, nem no esporte, tampouco na política. A mudança de poder em Goiás vai exigir muito esforço e desprendimento de todas as lideranças da oposição. Será preciso um bloco coeso, uma campanha politizada e um projeto que dê esperança aos goianos. O marconismo sofre os desgastes da ação do tempo, mas não será por determinismo histórico que será superado. Os erros cometidos em 2002, 2006 e 2010 pela oposição vão cobrar o preço outra vez em 2014. Será que todos já aprenderam a lição?
 
*Em 1996 o atual PP (Partido Progressista) era registrado como PPR (Partido Progressista Renovador), passou a ter em 1998 o nome de PPB (Partido Progressista Brasileiro). O PFL (Partido da Frente Liberal) é antecessor do atual DEM (Democratas). 

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