“Pobre, Ciro!”

Ao assumir em entrevista ao programa “Pânico” da Jovem Pan que não apoiará Lula em caso de 2º turno contra Bolsonaro, Ciro Gomes expôs toda a sua irresponsabilidade com relação à democracia brasileira. 

Em caso de derrota nas urnas (o que é muito provável, como aponta todas as pesquisas até aqui), Ciro lavará suas mãos e deixará seus fiéis eleitores e seguidores abandonados à própria sorte, sem apontar para uma direção civilizatória em meio à ameaça bolsonarista. 

Ciro esquece que perder uma eleição limpa faz parte do jogo democrático. E reconhecer a derrota significa assumir os erros de campanha e de comunicação e indicar um caminho alternativo aos eleitores que lhe confiaram o voto. 

Mas, Ciro não sabe perder uma eleição. Ele é incapaz de reconhecer suas fraquezas políticas e suas limitações performáticas. Essa, aliás, é uma característica de figuras autoritárias e antidemocráticas: tudo aquilo que Ciro Gomes tem apresentado ser desde 2018, quando fugiu não do Brasil, mas da sua própria derrota. Pobre, Ciro!