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Pepe Escobar

Pepe Escobar é jornalista e correspondente de várias publicações internacionais

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Por que a Rússia enlouquece o Ocidente

O giro de Moscou para a Ásia para construir a Grande Eurásia tem um ar de inevitabilidade histórica que deixa os Estados Unidos e a União Europeia no limite, conta Pepe Escobar

Vladimir Putin (Foto: Kremlin)
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Por Pepe Escobar, para o Asia Times

Tradução de Patricia Zimbres, para o 247

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Os historiadores do futuro talvez registrem este como o dia em que o geralmente impassível Ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, resolveu dar um basta: 

Estamos nos acostumando ao fato de que a União Europeia vem tentando impor restrições unilaterais, restrições ilegítimas, e partimos do pressuposto de que, no atual estágio, a União Europeia é um parceiro não-confiável. 

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Josep Borrell, chefe de política externa da União Europeia, em uma visita oficial a Moscou, levou uma direta no queixo. 

Lavrov, sempre o perfeito cavalheiro, acrescentou: "Espero que a revisão estratégica que em breve terá lugar venha a enfocar os principais interesses da União Europeia, e que essas conversas contribuam para tornar nossos contratos mais construtivos". 

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Ele se referia à cúpula dos chefes de estado e de governo da União Europeia no Conselho Europeu, a ser realizada no próximo mês, que irá discutir a Rússia. Lavrov não tem a menor ilusão de que os "parceiros não-confiáveis" venham a se comportar como adultos. 

Mas algo de imensamente intrigante pode ser encontrado nos comentários iniciais de Lavrov em sua reunião com Borrell: "O principal problema que todos nós enfrentamos é a falta de normalidade nas relações entre a Rússia e a União Europeia - os dois principais atores no espaço eurasiano. É uma situação insalubre, que não beneficia a ninguém".
Os dois principais atores no espaço eurasiano (Itálicos meus). Deem um tempo para que isso seja bem assimilado. Voltaremos ao assunto logo em seguida.
Do jeito em que as coisas andam, tudo indica que a União Europeia esteja irrecuperavelmente viciada em fazer piorar a "situação insalubre". A dirigente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, arruinou memoravelmente o jogo da vacina em Bruxelas. Ela, essencialmente, enviou Borrell a Moscou para solicitar direitos de licenciamento para que as empresas europeias possam produzir a vacina Sputnik V - que em breve será aprovada na União Europeia.

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Mas os eurocratas preferem chafurdar na histeria e promover as palhaçadas do agente da OTAN condenado por fraude, Navalny – o  Guaidó russo.    

Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, disfarçado de "contenção estratégica", o chefe da STRATCOM dos Estados Unidos, Almirante Charles Richard, como quem não quer nada, deixa escapar que "há uma possibilidade real de que uma crise regional com a Rússia ou a China venha a escalar rapidamente para um conflito envolvendo armas nucleares, se for percebido que uma derrota convencional possa ameaçar o regime ou o estado".

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A culpa da próxima guerra - a guerra final, desta vez - já foi atribuída ao comportamento "desestabilizador" da Rússia e da China. Supõe-se que esses países "perderiam" e, em um ataque de ira, lançariam mão de armas nucleares. O Pentágono seria apenas uma vítima. Afinal de contas, diz o Sr. STRATCOM, não estamos "presos na Guerra Fria".  

Os planejadores da STRATCOM poderiam tentar dar um lida no craque da análise militar, Andrei Martyanov, que há anos está na vanguarda do novo paradigma hipersônico, mostrando detalhadamente que esses armamentos – e não as armas nucleares - alteraram a natureza da guerra. 

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Após uma detalhada discussão técnica, Martyanov demonstra que "os Estados Unidos, atualmente, não têm nenhuma boa alternativa. Nenhuma. A alternativa menos má, entretanto, é conversar com os russos, e não em termos de bobajeiras geopolíticas e de sonhos molhados de que os Estados Unidos, de algum modo, conseguiriam convencer a Rússia a "abandonar" a China: os Estados Unidos não têm nada, zero, a oferecer em troca à Rússia. Mas, pelo menos, russos e americanos podem resolver pacificamente entre si essa questão boba de "hegemonia" e então convencer a China a se sentar à mesa dos "Três Grandes" para, por fim, decidir como administrar o mundo. Essa é a única chance de os americanos continuarem a ter alguma relevância no mundo novo".

A marca da Horda Dourada 

As chances de a União Europeia vir a entender que a situação com a Rússia é "insalubre" são negligíveis e, da mesma forma, não há o menor indício de que a solução esboçada por Martyanov venha a ser levada em conta pelo Deep State americano. 

O caminho adiante parece inelutável: sanções perpétuas, perpétua expansão da OTAN ao longo das fronteiras russas, formação de um anel de estados hostis em torno da Rússia, perpétua interferência nas questões internas russas, contando com um exército de quinta-colunistas, e guerra de informação perpétua e de espectro total. 

Lavrov, cada vez mais, deixa meridianamente claro que Moscou não espera outra coisa. Os fatos concretos, entretanto, continuarão a se acumular. A Nordstream 2 será concluída - com ou sem sanções - e irá fornecer o tão necessário gás à Alemanha e à União Europeia. O impostor Navalny - 1% de "popularidade" real na Rússia - permanecerá na cadeia. Cidadãos de toda a União Europeia terão acesso à Sputnik V. A parceria estratégica Rússia-China continuará a se solidificar. 

Para entender como chegamos a esse infernal caos russofóbico, é essencial que conheçamos o Conservadorismo russo, uma nova e interessantíssima filosofia política estudada por Glenn Diesen, professor associado da Universidade do Sudeste da Noruega, professor na Escola Superior de Economia de Moscou e um de meus distintos interlocutores na capital russa.

Diesen começa por enfocar o essencial: geografia, topografia e história. A Rússia é uma potência com vastas extensões de terras e acesso insuficiente aos mares. A geografia, diz ele, condiciona as fundações de "políticas conservadoras definidas pela autocracia, um conceito ambíguo e complexo de nacionalismo,  e pelo papel duradouro da Igreja Ortodoxa" - algo que implica resistência ao "secularismo radical".

É sempre de crucial importância lembrar que a Rússia não tem fronteiras naturais defensáveis, e já foi invadida ou ocupada por suecos, poloneses, lituanos, pela Horda Dourada mongol, pelos tártaros da Crimeia e por Napoleão. Sem mencionar a tremendamente sangrenta invasão nazista. 

O que há em uma palavra? Tudo: segurança, em russo, é byezopasnost. Essa palavra é negativa, uma vez que byez significa "sem" e opasnost significa "perigo".

A complexa e singular configuração histórica da Rússia sempre acarretou problemas graves. Sim, havia uma afinidade muito próxima com o Império Bizantino. Mas se a Rússia "reivindicasse a transferência da autoridade imperial de Constantinopla, ela seria forçada a conquistá-la". E reivindicar o papel de sucessora e herdeira da Horda Dourada relegaria a Rússia à condição de uma potência apenas asiática.

Na jornada russa rumo à modernização, a invasão mongol provocou não apenas um cisma geográfico, mas deixou sua marca também na política: "A autocracia tornou-se necessária após o legado mongol e o estabelecimento da Rússia como um império eurasiano com uma vasta e mal-conectada extensão geográfica".  

"Um colossal Oriente Ocidente"

A Rússia é onde o Oriente se encontra com o Ocidente. Diesen nos lembra que Nikolai Berdyaev, um dos principais conservadores do século XX, já havia atingido o cerne da questão em 1947: "A inconsistência e a complexidade da alma russa talvez se deva ao fato de que, na Rússia, duas correntes da história mundial - o Oriente e o Ocidente - se esbarrem e influenciem uma à outra (...) a Rússia é um perfeito corte transversal do mundo - um colossal Oriente-Ocidente". 

A Ferrovia Transiberiana, construída para solidificar a coesão interna do império russo e projetar seu poderio na Ásia, foi um fator transformador da maior importância: "Com os assentamentos agrícolas russos se expandindo para o Oriente, a Rússia passou a, cada vez mais, substituir as velhas estradas que antes controlavam e conectavam a Eurásia". 

É fascinante assistir como o desenvolvimento da economia russa confirma a Teoria do Grande Interior (Heartland) de Mackinder - segundo a qual o controle do mundo exigia o controle do supercontinente eurasiano. O que aterrorizava Mackinder era o fato de que as ferrovias russas interconectando a Eurásia acabariam por minar toda a estrutura de poder da Grã-Bretanha como império marítimo. 

Diesen mostra também que o eurasianismo - surgido na década de 1920 em meio aos emigrados, em resposta a 1917 - era, de fato, uma evolução do conservadorismo russo. 

O Eurasianismo, por uma série de razões, nunca chegou a se converter em um movimento político unificado. O cerne do eurasianismo é a noção de que a Rússia não era apenas um estado leste-europeu. Após a invasão mongol do século XIII e a conquista dos reinos tártaros, no século XVI, a história e a geografia da Rússia deixaram de ser apenas europeias. O futuro exigiria um enfoque mais equilibrado. 

Dostoyevsky, antes de qualquer outro, já havia formulado a ideia de forma brilhante, ainda em 1881: 

Os russos são tão asiáticos quanto europeus. O erro de nossas políticas nos últimos dois séculos foi fazer os demais povos da Europa acreditarem que somos verdadeiros europeus. Servimos bem demais à Europa, participamos excessivamente de suas lutas internas (...) Curvamo-nos como escravos frente aos europeus, e tudo o que ganhamos foi seu ódio e seu desprezo. Chegou a hora de abandonarmos a ingrata Europa. Nosso futuro está na Ásia. 

Pode-se dizer que Lev Gumilev tenha sido a grande estrela da nova geração de eurasianistas. Seu argumento era de que a Rússia havia sido fundada sobre uma coalizão natural entre eslavos, mongóis e turcos. The Ancient Rus and the Great Steppe (A Antiga Rússia e a Grande Estepe), publicado em 1989, teve um imenso impacto na Rússia após a queda da União Soviética - como fiquei sabendo em primeira mão de meus anfitriões russos quando cheguei a Moscou pela Ferrovia Transiberiana, em 1992.

Na interpretação de Diesen, Gumilev estava oferecendo uma espécie de terceira via entre o nacionalismo europeu e o internacionalismo utópico. Uma Universidade Lev Gumilev foi criada no Cazaquistão. Putin se refere a Gumilev como "o grande eurasiano de nossa época".       

Diesen nos faz lembrar que até mesmo George Kennan, em 1994, reconheceu a luta conservadora por "esse país tragicamente injuriado e espiritualmente humilhado". Putin, em 2005, foi muito mais incisivo. Ele afirmou:  

o colapso da União Soviética foi a maior catástrofe geopolítica do século. E, para o povo russo, foi verdadeiramente dramático (…) Os antigos ideais foram destruídos. Muitas instituições foram desmontadas ou simplesmente reformadas às pressas… Com  controle irrestrito sobre o fluxo de informações, grupos de oligarcas passaram a servir exclusivamente a seus próprios interesses corporativos. A pobreza das massas passou a ser aceita como normal. Tudo isso se desenvolveu sobre um pano de fundo de gravíssima recessão econômica, finanças instáveis e paralisia na esfera social.

A aplicação da "democracia soberana"

Chegamos então à mais crucial das questões europeias. 

Na década de 1990, sob a liderança dos atlanticistas, a política externa russa focou-se na Grande Europa, um conceito baseado na Casa Comum Europeia de Gorbachev. 

No entanto, a Europa da pós-Guerra Fria, na prática, acabou configurada como a ampliação ininterrupta da OTAN e  o nascimento  e expansão da União Europeia. Contorcionismos liberais de toda a espécie foram empregados para incluir a totalidade da Europa e, simultaneamente, excluir a Rússia. 

Diesen teve o mérito de resumir todo o processo em uma única frase: "A nova Europa liberal representava a continuidade britânico-americana em termos do domínio das potências marítimas, e o objetivo de Mackinder de organizar as relações russo-germânicas em um formato soma-zero para evitar o alinhamento de interesses". 

Não é de admirar que Putin, logo em seguida, tivesse que ser erigido como o Espantalho Supremo, o "novo Hitler". Putin, de partida, rejeitou o papel reservado à Rússia de mero aprendiz da civilização ocidental - e seu corolário, a hegemonia (neo)liberal.

Mesmo assim, ele continuou bastante afável. Em 2005, Putin ressaltou que "acima de tudo, a Rússia foi, é, e continuará sendo, é claro, uma grande potência europeia". Sua intenção era desatrelar o liberalismo da política de poder - rejeitando os fundamentos da hegemonia liberal.  

Putin estava afirmando que não existe um modelo democrático único, o que foi mais tarde conceituado como "democracia soberana". A democracia não pode existir sem soberania, o que descarta a "supervisão" ocidental visando fazer a democracia funcionar". 

Diesen observa com grande perspicácia que se a URSS tinha "um eurasianismo radical e esquerdista, parte dessas características eurasianas poderiam ser transferidas para o eurasianismo conservador". Diesen observa que Sergey Karaganov, às vezes chamado de o "Kissinger russo", mostrou que "a União Soviética foi de importância crucial para a descolonização, e que ela partejou a ascensão da Ásia, ao privar o Ocidente da capacidade de impor sua vontade sobre o mundo por meio de força militar, que foi o que o Ocidente fez do século XVI até a década de 1940". 

Esse fato é largamente reconhecido em várias regiões do Sul Global, da América Latina ao Sudeste Asiático. 

A península ocidental da Eurásia 

Portanto, depois do fim da Guerra Fria e do fracasso da Grande Europa, Moscou voltar-se para a Ásia com o objetivo de construir a Grande Eurásia, como não poderia deixar de ser, teve a marca de uma inevitabilidade histórica.  

A lógica é impecável. Os dois nós geoeconômicos da Eurásia são a Europa e o Leste Asiático. Moscou tem a intenção de conectá-los economicamente para formar um supercontinente: é aí que a Grande Eurásia liga-se à Iniciativa Cinturão e Rota (ICR) chinesa. Mas há também uma outra dimensão relativa à Rússia, como Diesen observa: "a transição que se afasta da periferia usual desses centros de poder rumo ao centro de um novo construto regional". 

De uma perspectiva conservadora, ressalta Diesen, "a economia política da Grande Eurásia capacita a Rússia a superar sua obsessão histórica com o Ocidente e formular um caminho orgânico russo rumo à modernização". 

O que implica o desenvolvimento de setores industriais estratégicos, de corredores de conectividade, de instrumentos financeiros, de projetos de infraestrutura visando a conectar a Rússia europeia com a Sibéria e a Rússia Pacífica. E tudo isso sob um novo conceito: uma economia política industrializada e conservadora.

A parceria estratégica Rússia-China opera em todos esses três setores geoeconômicos: indústrias estratégicas/plataformas tecnológicas, corredores de conectividade e instrumentos financeiros. 

O que leva a discussão, mais uma vez, ao imperativo categórico supremo: a confrontação entre o Grande Interior e uma potência marítima. 

As três grandes potências eurasianas, historicamente, foram os citas, os hunos e os mongóis. A principal razão de sua fragmentação e decadência foi eles não terem conseguido alcançar - e controlar - as fronteiras marítimas da Eurásia.

A quarta maior potência eurasiana foi o império russo e sua sucessora - a URSS. A principal razão do colapso da União Soviética foi, mais uma vez, ela não ter conseguido alcançar - e controlar - as fronteiras marítimas da Eurásia. 

Os Estados Unidos evitaram isso aplicando uma combinação de Mackinder, Mahan e Spykman. A estratégia dos Estados Unidos ficou conhecida como o mecanismo de contenção Spykman-Kennan – todos os "posicionamentos avançados" na periferia marítima da Eurásia, na Europa Ocidental, no Leste Asiático e no Oriente Médio. 

Todos sabemos a estas alturas que a totalidade da estratégia marítima dos Estados Unidos - e também a principal razão pela qual os Estados Unidos entraram na Primeira e Segunda Guerras Mundiais - foi a de evitar o surgimento de um hegêmona eurasiano por todos os meios que se mostrassem necessários. 

No que diz respeito aos Estados Unidos como hegêmona, temos a conceituação crua, marcada pela indispensável arrogância imperial, de autoria do Dr. Zbig "Grande Tabuleiro" Brzezinski, em 1997: "Evitar conluios e preservar a dependência em questões de segurança entre os vassalos, manter os tributários dóceis e protegidos, e evitar que os bárbaros se unam". O velho Dividir para Governar aplicado por meio de "domínio do sistema".  

É esse o sistema que agora desmorona - para o desespero dos suspeitos de sempre. Diesen nota que, "no passado, empurrar a Rússia para a Ásia relegaria a Rússia à obscuridade, eliminando sua condição de potência europeia". Mas agora, com o centro da gravidade geoeconômica se deslocando para a China e o Leste Asiático, o jogo é totalmente outro. 

A demonização 24/7 da Rússia-China pelos Estados Unidos, somada à mentalidade de "situação insalubre" dos minions da União Europeia, só ajuda a aproximar cada vez mais a Rússia da China, no exato momento em que o domínio do mundo pelo Ocidente, que durou apenas dois séculos, como Andre Gunder Frank provou de forma conclusiva, está chegando ao fim.

Diesen, talvez com excesso de diplomacia, espera que as "relações entre a Rússia e o Ocidente acabem por se alterar com a ascensão da Eurásia. A estratégia hostil do Ocidente com relação à Rússia é condicionada pela ideia de que a Rússia não tem mais para onde ir, e tem que aceitar o que for oferecido pelo Ocidente em termos de ‘parceria’". A ascensão do Oriente altera fundamentalmente as relações de Moscou com o Ocidente, permitindo que a Rússia diversifique suas parcerias. 

É possível que estejamos nos aproximando rapidamente do ponto em que a Rússia da Grande Eurásia irá apresentar à Alemanha uma oferta de tipo pegar ou largar. Ou iremos construir juntos as Terras Interiores ou as construiremos com a China - e vocês serão apenas espectadores da história. É claro que há sempre possibilidade intergalaticamente distante de um eixo Berlim-Moscou-Pequim. Coisas ainda mais estranhas já aconteceram. 

Enquanto isso, Diesen mostra-se confiante de que "as potências terrestres eurasianas irão futuramente incorporar a Europa e outros estados na periferia interior da Eurásia. As lealdades políticas, pouco a pouco, irão se deslocar, à medida que os interesses econômicos forem se voltando para o leste, e a Europa for se tornando a península a oeste da Grande Eurásia". 

O que dá o que pensar aos mascates peninsulares da "situação insalubre".

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