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Marco Mondaini

Historiador e Professor da Universidade Federal de Pernambuco. Coordena e apresenta o programa Trilhas da Democracia, exibido aos domingos na TV 247.

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Por que o bolsonarismo odeia os professores?

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A entrevista concedida pelo deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) ao canal de notícias CNN, no último dia 20 de abril, deveria entrar para os anais das piores manifestações de desestímulo à educação da nossa história, por ter expressado de maneira acabada o sentimento de ódio aos professores alimentado, desde a sua posse, pelo atual (des)governo federal.

Atual líder do genocida Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros afirmou odiosamente que “só os professores não querem trabalhar na pandemia” e que é “um absurdo a forma como estamos permitindo que professores causem tanto dano às nossas crianças na continuidade da sua formação”.

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Mais ainda, depois de, no melhor estilo neoliberal, criticar as corporações que dominam a categoria, o ex-ministro da saúde do vampiresco Michel Temer demonstrou toda a aversão que nutre pelos mestres ao dizer que “o professor não quer se modernizar, não quer se atualizar, essa que é a verdade. Já passou no concurso, está esperando se aposentar, não quer aprender mais nada”.

Vindos da área política conservadora e autoritária de onde vieram, tais palavras não deveriam surpreender mais. Porém, quando uma liderança parlamentar governamental abre mão de uma retórica de enaltecimento do valor dos professores para a construção do futuro da nação, substituindo-a pelo ataque frontal ao que professores são e representam numa sociedade, é preciso reconhecer que mais um limite foi ultrapassado.

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Mesmo que esvaziada de materialidade, a retórica de valorização dos professores cumpria a função ideológica de encobrimento da dura realidade de precariedade de condições enfrentada por mestres nas salas de aula do país inteiro. Ao abrir mão dos recursos retóricos no trato com os professores, o bolsonarismo explicita outra vez mais o seu compromisso com o discurso do ódio em todas as dimensões do real, aí inclusa a educação.

De fato, o ódio aos professores que atravessa cada uma das palavras ditas pelo deputado Ricardo Barros na sua entrevista à CNN expressa o ódio a uma categoria profissional que se encontra nas antípodas da apologia armamentista do seu líder, o ódio àquilo que a prática docente faz nascer em todos aqueles que passaram por um banco escolar em alguma fase da sua existência: a liberdade.

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Em poucas palavras, o bolsonarismo odeia os professores porque odeia a liberdade.

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