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Luis Freitas

Professor e jornalista

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Por um PT COLETIVO em 2022

Projetos políticos locais ou pessoais, por mais legítimos que sejam, devem ser mediados ou até mesmo adiados e suspensos, temporariamente, afim de possibilitar que a estratégia coletiva macro prevaleça

Mais do que nunca, tem momento que é preciso revisitar as origens, não por um viés saudosista, mas na perspectiva de reencontrar os elementos centrais que nos forjaram até o presente, conformaram as vitórias, fortaleceram nossa história e podem orientar caminhos futuros.

O Partido dos Trabalhadores tem como elemento fundante de sua história a 'construção coletiva', nos mais variados aspectos. Essa foi e ainda é a referência matriz de seu forte crescimento.

Além dessa força coletiva, o Partido trás também em sua origem, como herdeiro de uma esquerda humanista, a 'generosidade política', como elo agregador e mobilizador de sua base social histórica.

O terceiro elemento, tático e estratégico, na constituição do PT é seu 'compromisso com a democracia' e os processos internos de participação dos filiados nos rumos de suas decisões políticas.

E, por fim, a 'unidade de ação', como método de viabilizar os objetivos do conjunto partidário ou de uma ampla maioria, na perspectiva do fortalecimento das lutas sociais e institucionais.

É, a partir dessas quatro referências estruturantes da história política do PT, que originam sua organização de base e de massas, seu aspecto plural e socialista, além de sua formação democrática e libertária.

Em 2022, frente a esse quadro fascinazista que assombra o país, ameaça a soberania nacional e coloca em xeque a democracia, o conjunto do PT precisa, urgentemente, se embebedar em sua própria fonte histórica, organizativa, militante e ativista, para se revigorar em cada Estado, visando derrotar a ultradireita e viabilizar sua vocação para o exercício do poder no país.

Esse é o desafio histórico que está posto nessa quadra conjuntural. Compreendê-lo em sua magnitude é uma tarefa crucial para cada dirigente, militante e simpatizante do Partido dos Trabalhadores.

Assim, construir saídas unificadas, fortes e agregadoras, no campo politico-eleitoral, às próximas eleições, são imprescindíveis e necessárias às direções do PT para derrotar nas urnas o bolsonarismo e seus aliados.

Nesse sentido, projetos políticos locais ou pessoais, por mais legítimos que sejam, devem ser mediados ou até mesmo adiados e suspensos, temporariamente, afim de possibilitar que a estratégia coletiva macro prevaleça e as vitórias eleitorais aconteçam, em 2022, por todas as regiões do Brasil.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.