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José Guimarães

Advogado, deputado federal e Líder do Governo na Câmara dos Deputados

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Povo na rua pode impedir o golpe na democracia brasileira

A continuidade da mobilização social é imprescindível para barrarmos essa pantomima em que se transformou a política brasileira e que nos envergonha diante do mundo. Por isso, conclamamos a todos para que participem já no dia primeiro de maio, neste domingo, de atos contra o retrocesso, em oposição ao golpe que está em curso no País

A continuidade da mobilização social é imprescindível para barrarmos essa pantomima em que se transformou a política brasileira e que nos envergonha diante do mundo. Por isso, conclamamos a todos para que participem já no dia primeiro de maio, neste domingo, de atos contra o retrocesso, em oposição ao golpe que está em curso no País (Foto: José Guimarães)
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O casuístico processo contra a presidenta Dilma Rousseff entra agora em nova fase. Ao contrário do que ocorre na Câmara, a quem cabe apenas autorizar a abertura do julgamento, o Senado tem que avaliar o mérito das acusações. Cabe aos senadores ponderar se a presidenta cometeu ou não crime de responsabilidade que justifique o impeachment e a possível cassação de seu mandato.

Está claro, como noticiaram os principais jornais estrangeiros, que a presidenta é honesta e não cometeu rigorosamente nenhum crime. O que está em curso é um golpe. Até a liberal The Economist, que fez uma série de matérias negativas sobre o Brasil e o governo da presidenta Dilma, chamou o impeachment de “grande traição” ao país pela classe política.

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A revista destaca que, ao contrário da maioria de seus opositores, Dilma Rousseff não responde por nenhum processo. Há também matérias contundentes sobre o escandaloso golpe em veículos como o El País, Le Monde, The New York Times, The Guardian, só para citar alguns exemplos.

Na votação na Câmara, a maioria dos deputados parecia teleguiada pelo presidente, que comandava o espetáculo vergonhoso. Em suas justificativas, utilizaram argumentos bizarros que envergonharam o Brasil. Os argumentos mais utilizados para o voto a favor foram Deus e a família, mas teve até homenagem a um dos chefes da tortura na ditadura militar.

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Nas vezes em que defendeu a presidenta na Câmara, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, demonstrou que esse processo viciado não tem amparo na Constituição ou em nenhuma outra lei. Pela Carta, incorre em crime de responsabilidade o governante que comete delito de natureza funcional, no exercício do mandato corrente e com má-fé.

A presidenta da República é acusada de cometer dois delitos – a edição de seis decretos com abertura de créditos suplementares e uma alegada inadimplência da União com o Banco do Brasil. Pois bem, pela legislação em vigor, nenhum desses atos pode resultar em crime de responsabilidade.

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Quanto aos créditos suplementares, os decretos contam com expressa previsão legal. Além disso, a simples edição de uma norma desta natureza não significa gasto nenhum. No caso de despesas discricionárias, a execução é condicionada à existência de recursos. Já em caso de despesas obrigatórias a dotação extra é dever legal da presidenta.

No que se refere às alegadas dívidas da União com o Banco do Brasil, trata-se de subvenções referentes ao Plano Safra, autorizadas por lei, e de responsabilidade do ministro da Agricultura.

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É preciso relembrar ainda que no final de 2015 o Congresso aprovou uma lei que alterou a meta fiscal daquele exercício. Esse fato somado ao contingenciamento de R$ 80 bilhões garantiu o cumprimento da meta no ano.

Demonstrada a inocência da acusada e a natureza do golpe, estamos confiantes que o Senado somente poderá absolver a presidenta Dilma. Temos certeza de que a nossa Câmara alta irá cumprir seu papel e resguardar nossa Constituição, ao contrário do que preferiu fazer a Câmara.

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Mas, para isso, é fundamental que a sociedade brasileira continue a demonstrar claramente que discorda dessa farsa que a oposição chama de impeachment, mas nós sabemos bem o nome que tem – golpe. A continuidade da mobilização social é imprescindível para barrarmos essa pantomima em que se transformou a política brasileira e que nos envergonha diante do mundo. Por isso, conclamamos a todos para que participem já no dia primeiro de maio, neste domingo, de atos contra o retrocesso, em oposição ao golpe que está em curso no País. Com a população mobilizada, temos a certeza de que os golpistas sentirão que não podem fazer do Brasil uma república de bananas. Respeito à ordem democrática é o que clamamos.

  • Advogado, deputado federal (PT-CE) e líder do governo na Câmara dos Deputados

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