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Thabata Ganga

Engenheira biomédica, candidata a vereadora pelo PDT em São Paulo e criadora da Rede Colaborativa de Combate ao Covid-19 no Brasil.

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Precisamos de mais mulheres na política e na ciência

Os partidos devem oferecer condições para ampliar a diversidade nos espaços de poder, assim como faz o PDT

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O PDT é um partido em que as mulheres têm amplo espaço na cúpula. O diretório municipal de São Paulo é composto por 50% de mulheres, incluindo três vice-presidentes – uma delas, uma mulher negra, Neudes Ribeiro, presidente do Movimento Negro do PDT na capital.

Como exemplo de um partido progressista e que defende a diversidade na prática, não só no discurso, na chapa de vereadores do PDT em São Paulo, 39 dos 80 candidatos (49%) são pretos, pardos ou indígenas, 25 são mulheres (31%) e 4 são LGBTs. Antes de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) instituir as cotas financeiras para candidaturas negras, o PDT municipal de São Paulo aprovou um bônus de equidade, que destina um adicional de 20% para candidaturas de mulheres negras, 15% para mulheres brancas e 10% para homens negros.

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Escolhi o PDT não só pela afinidade ideológica com a defesa histórica do trabalhismo, a luta contra desigualdades sociais e raciais e o Plano Nacional de Desenvolvimento defendido por Ciro Gomes. Mas também pela abertura que o partido me deu desde o primeiro contato para implementar as minhas ideias e colocá-las em prática. 

De fato, não é fácil ser mulher e fazer política no Brasil. As mulheres correspondem a 51,6% da população brasileira e 54% da paulistana. Mas esse percentual está longe de se refletir na representatividade das mulheres nas Casas Legislativas. De acordo com o Inter-Parliamentary Union, o Brasil está na 142ª posição no ranking de representatividade feminina no Parlamento, entre 193 países pesquisados. Apenas 13% das cadeiras do Senado e 15% da Câmara dos Deputados do país são ocupadas por mulheres. 

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A Câmara Municipal de São Paulo, após quase 70 anos da eleição da primeira mulher vereadora, começou a atual legislatura com a maior bancada feminina da sua história: 11 mulheres eleitas. No entanto, esse número configura apenas 20% das cadeiras disponíveis. Estamos progredindo, sim, mas a um ritmo muito lento.

E por que é importante aumentar a presença feminina nos espaços de poder? Porque nós, mulheres, temos o direito de decidir sobre os nossos destinos. Precisamos de representantes eleitas que entendam o que significa ser mulher e elaborem leis e políticas públicas que equacionem as questões que mais nos afligem. E porque nós sabemos fazer acontecer.

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Como mulher e cientista, sei que para cada problema existe uma solução – às vezes, ela só não foi encontrada ainda. No começo da pandemia, criei a Rede Colaborativa de Combate ao Covid-19 no Brasil (brcontraovirus.org), com a colaboração de pesquisadores, makers, médicos, engenheiros e outros profissionais de todo o país. Por meio da plataforma, desenvolvemos milhares de faceshields, ventiladores pulmonares e outras peças de equipamentos hospitalares, com projetos de código aberto e impressão 3D, que foram doados para hospitais do SUS e organizações como Graacc e Médicos Sem Fronteiras, ajudando a suprir a falta desses insumos em um momento crítico.

Como muitas outras mulheres cientistas, acredito na utilização da tecnologia e da inovação para atacar os principais problemas da população, gerando novas oportunidades de trabalho, principalmente no pós-pandemia. E acredito que precisamos incentivar cada vez mais o interesse pela ciência nas crianças e jovens, especialmente nas meninas. O meu principal projeto é a implementação de Centros de Tecnologia Social (CTS), aproveitando a estrutura dos telecentros, dos CEUs e da rede Fab Lab Livre, em um espaço que una educação, tecnologia e empreendedorismo com o objetivo de capacitar e gerar renda.

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As mulheres têm ideias, persistência e capacidade de realização. Cabe a toda a sociedade colocar no centro do debate a necessidade de uma maior representatividade política das mulheres, posicionando-se nas redes sociais e no mundo presencial – e, principalmente, votando em mulheres. A igualdade de gênero é o quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da agenda elaborada pela ONU, e para atingi-lo é preciso, como diz o texto: “Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública”.

É isso que faz o meu partido.

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