Precisamos resgatar a UERJ da lixeira neoliberal do Estado mínimo
O que está acontecendo com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a nossa respeitada e querida UERJ, expressa muito bem a agonia de um povo sufocado pelas mãos insensíveis do governo golpista de Temer e por um governo estadual submisso e conivente
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Quando uma universidade pública deixa de funcionar por falta de recursos é o futuro da sociedade que paga o preço. O que está acontecendo com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a nossa respeitada e querida UERJ, expressa muito bem a agonia de um povo sufocado pelas mãos insensíveis do governo golpista de Temer e por um governo estadual submisso e conivente.
Há muito tempo que os estudantes, os docentes e os funcionários vêm denunciando a situação de sucateamento da Universidade. Salários e bolsas atrasadas há vários meses e serviços terceirizados em grande parte ou paralisados ou reduzidos ao mínimo.
Denuncio a gravíssima situação da UERJ porque defendo a educação pública gratuita e de qualidade e porque sabemos que a omissão do governo do Estado é na verdade uma política de se desfazer de tudo o que é público e de priorizar os interesses privados.
Não é algo acidental, mas uma política deliberada. Por isso estamos ajudando a mobilizar a sociedade democrática fluminense para não deixar a UERJ morrer. Sabemos que o governo federal deve ao estado do Rio de Janeiro cerca de 50 bilhões de reais da Lei Kandir e que as petroleiras se recusam a corrigir o valor desatualizado dos royalties. Além disso, temos conhecimento de que o governo federal, em 2016, arrecadou em nosso estado cerca de R$ 130 bilhões, mas devolveu ao estado e aos municípios fluminenses apenas R$ 20 bilhões.
Digo isso para mostrar que, mesmo em momento de crise, o Rio de Janeiro tem recursos financeiros para resolver seus problemas, o que não tem é a vontade política do governo, tanto estadual como federal.
A luta pela sobrevivência da UERJ, como também a UENF (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro), que está abandonada, lá em Campos, representa um movimento conjunto dos estudantes, seus maiores prejudicados, dos professores e funcionários, mas também do povo em geral, especialmente daqueles segmentos que não podem pagar uma faculdade particular. Precisamos resgatar a UERJ da lixeira neoliberal do Estado mínimo.
A UERJ deve resistir!
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