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Mario Vitor Santos

Mario Vitor Santos é jornalista. É colunista do 247 e apresentador da TV 247. Foi ombudsman da Folha e do portal iG, secretário de Redação e diretor da Sucursal de Brasilia da Folha.

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Presidente Lula, acabe com a desonrosa submissão ao tribunal que ofende a soberania do Brasil

"A permanência sob o tratado que criou o tribunal desmoraliza a ideia de isonomia entre as nações, criando as altivas e as vassalas", diz Mario Vitor Santos

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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O presidente Lula dá um exemplo com sua declaração feita em Nova Delhi, na reunião de cúpula do G-20, depois de dizer que Vladimir Putin não seria preso ao vir ao Brasil para a próxima reunião do organismo:

"Não estou dizendo que vou sair de um tribunal. Eu só quero saber, e só me apareceu agora, eu nem sabia da existência desse tribunal, eu só quero saber por que os EUA não é signatário; por que a Índia não é signatária; por que a China e a Rússia não são signatárias e por que o Brasil é signatário. Eu quero saber qual é a grandeza que fez o Brasil tomar essa decisão de ser signatário. [...] Porque me parece que os países do Conselho de Segurança da ONU não são signatários, só os 'bagrinhos'."

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É óbvio que a mídia coligada corporativa brasileira está carregando nas cores para dizer que Lula "recua" de uma declaração anterior. Na verdade, esse monopólio midiático liderado pela Globo deveria responder a questão de Lula: por que o Brasil é signatário e está, portanto, submetido ao Tribunal Internacional de Crimes de Guerra, enquanto outros grandes países, não?

O Brasil alienou sua soberania durante o governo entreguista de Fernando Henrique Cardoso, lacaio dos estadunidenses, quando da criação do tribunal em 1998.

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O Brasil entrou para agradar Washington.

Já os Estados Unidos eles mesmos não entraram. Invasores do Iraque, do Afeganistão, da Síria, da Líbia e outros países, os EUA nunca ratificaram o tratado, por razões óbvias.

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Também não entraram países como a China e a Índia. Em 2016, a Rússia se retirou, não reconhecendo as determinações do tribunal, que tem o poder de decidir quem é criminoso de guerra e genocida, expedir mandados de prisão, em  instrumentos válidos apenas para os países-membros.

Logo se verá na mídia viralatista pátria um tsunami de mimimis contra as declarações de Lula.

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É que essa mídia obedece religiosamente qualquer determinação da Casa Branca, mesmo quando o caso de Washington é tão flagrante como esse: "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".

A permanência sob o tratado que criou o tribunal ameaça e ofende a soberania brasileira. Desmoraliza a ideia de isonomia entre as nações, criando as altivas e as vassalas.

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Faz bem Lula de questionar essa humilhação. Presidente, envie uma proposta ao Congresso para retirar o Brasil dessa condição desonrosa. Que o país possa receber Putin e qualquer outro mandatário que lhe aprouver, como nação soberana que zela por seus interesses, não um país bagrinho.

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