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Paulo Pimenta

Deputado federal pelo PT-RS

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Proteção do cidadão

A reação de procuradores da Lava-Jato e parte do MPF esconde algo que eles estranhamente não admitem, e que o projeto, de maneira republicana, estabelece: todos são iguais perante a lei. Assim, essa pequena vitória para a sociedade e proteção para o cidadão é vista como frustrante para alguns que sempre desejaram encontrar nesta parte do serviço público privilégios para estarem acima da lei

Dallagnol PT (Foto: Paulo Pimenta)
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Há uma falácia em torno do projeto de lei de abuso de autoridade, propagada especialmente pelos procuradores do MPF do Paraná, que precisa ser desmistificada, antes de mais nada: a de que essa proposta acabaria com a Operação Lava-Jato e limitaria a atuação de procuradores e juízes. Segundo eles, essa seria uma retaliação do Congresso ao combate à corrupção no país para calar a força-tarefa da Lava-Jato e o juiz Sergio Moro.

Ora, trata-se de um projeto abrangente, que atualiza a legislação brasileira e prevê mais de 30 situações classificadas como abuso de autoridade. Não se busca “amordaçar” ninguém, nem mesmo estaria o Congresso a legislar de maneira específica e temporal. Tanto assim que os parlamentares acataram as sugestões do MPF, e também retiraram da proposta o ponto de maior polêmica, a tipificação da “hermenêutica”, que abarcaria nesta legislação juízes que tiveram sentenças condenatórias expedidas reformadas por instâncias superiores.

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Ao longo dos últimos anos, diversas instâncias de Poder no Brasil passaram por modificações, adequando-se a novas regras de transparência que, por sua vez, levaram a um maior controle e participação da sociedade, enquanto, praticamente, permaneceram intactas e isoladas da participação popular as estruturas do Poder Judiciário e dos Ministérios Públicos no país, reforçando a impressão de que se trata de verdadeiras castas que vivem em redomas e acima da lei.

Como explicar para um “cidadão comum” uma legislação complacente que prevê, como pena máxima disciplinar, para juízes flagrados cometendo ilícitos ou infrações éticas, a aposentadoria compulsória com recebimento de vencimentos? É o que ocorre na maioria das vezes nos casos de corrupção ou do cometimento de crimes praticados por juízes e promotores. A pena disciplinar é um incentivo à imoralidade e à continuidade delitiva. Outro aspecto que ataca a moralidade e a ética pública é frequentemente constatar que juízes e promotores, “a título de vantagens”, recebem vencimentos de R$ 200 mil por mês, muito acima do teto constitucional.

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A reação de procuradores da Lava-Jato e parte do MPF esconde algo que eles estranhamente não admitem, e que o projeto, de maneira republicana, estabelece: todos são iguais perante a lei. Assim, essa pequena vitória para a sociedade e proteção para o cidadão é vista como frustrante para alguns que sempre desejaram encontrar nesta parte do serviço público privilégios para estarem acima da lei.

Estabelecer formas de conter o abuso de autoridade é importante antídoto contra o autoritarismo e, por consequência, um dever democrático. Um Estado democrático de direito exige, a par das garantias individuais previstas na Constituição, o controle social de todos os agentes do Estado, quaisquer que sejam suas funções. O bem público e os interesses da sociedade devem sempre prevalecer a razões e argumentos corporativos, como se verifica, nesse caso, a postura de integrantes do MPF.

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Paulo Pimenta é deputado federal (PT-RS) e vice-líder do partido na Câmara

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