PSDB quer mudar após desgaste

Pesquisas internas apontam que as principais lideranças do PSDB, especialmente o senador Aécio Neves, só aumentaram a sua rejeição, apesar do imenso desgaste do governo da presidenta Dilma.

Nos tucanos, derrotados na eleição do ano passado, ficou o carimbo do inconformismo com o resultado da eleição presidencial de 2014. Para o brasileiro, ficou a ideia de que o partido não aceitou a derrota e passou o ano 2015 dedicado a derrubar Dilma.

Por conta dessa imagem negativa francamente associada ao golpismo e ao autoritarismo, o PSDB prepara o lançamento, ainda este ano, de um documento com propostas sociais e econômicas.

Ou seja, os tucanos querem trocar a sua plumagem. E não foi por falta de aviso. Até mesmo quando decidiram pela aliança com Cunha, denunciado por corrupção.

Quase um ano depois eles vão apresentar um diagnóstico e propor saídas para a crise. Talvez seja tarde. O fato é que perderam a grande oportunidade que a crise lhes concedeu.

Deveriam ter sido propositivos, assim encurralariam o governo em seus erros e seriam a "salvação" do País. Ao contrário, agiram para dificultar a governabilidade e gritavam como crianças quando perdem algo. Ficou feio.

O fato é que política não pode ser feita com ódio, com o fígado, aliás, com nada que prejudique a racionalidade.