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Paulo Henrique Arantes

Jornalista há quase quatro décadas, é autor de “Retratos da Destruição: Flashes dos Anos em que Jair Bolsonaro Tentou Acabar com o Brasil”

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Psicologia da Covardia

O empático no Poder atende aos vulneráveis, às minorias. O covarde nem olha para eles

(Foto: Reuters | ABR)
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Aprende-se nos dicionários que covardia - ou cobardia - significa fraqueza de ânimo para enfrentar circunstâncias perigosas ou arriscadas, falta de coragem, fraqueza moral, pusilanimidade. O substantivo também é referido como ato próprio de quem age de forma desleal ou traiçoeira. Diga-nos, raro leitor e rara leitora, se não temos uma descrição de Jair Bolsonaro.

Lula chamou o antecessor de “covardão” em uma entrevista. Cheios de pundonores, jornalistas da velha mídia apontaram deselegância lulista, pois não se deve adjetivar adversários políticos, ainda mais quando se ocupa a Presidência da República. Toda vez que Lula acerta na mosca desencadeiam-se reações desse tipo.

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Identificar nuances psicológicas de determinadas gentes, contudo, não é cometer ataque pessoal. Saiba o leitor, fique sabendo a leitora, que já existe um ramo das ciências da saúde mental denominado Psicologia da Covardia, segundo o qual pessoas covardes tendem a evitar situações de confronto. Elas costumam se esconder ou se afastar, por exemplo, viajando ao Exterior na hora em que o bicho vai pegar.

O covarde, explicam psicólogos ouvidos pela coluna, não admite suas reais intenções e atitudes - por exemplo, quando trama golpes de Estado, ameaça descumprir ordens judiciais e mesmo assim afirma jogar “dentro das quatro linhas da Constituição”. O medo excessivo que caracteriza o covarde leva-o não raro ao desespero, fazendo-o usar sua influência para prejudicar terceiros, atribuindo-lhes culpa por atos dele próprio, o covarde.

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Conforme nos ensina a Psicologia da Covardia, o covarde não assume responsabilidades nem desafios. Um exemplo perfeito é quando o presidente da República covarde diz não ser coveiro diante de milhares de mortes numa pandemia. Além disso, a covardia reflete-se em falta de assertividade e incapacidade de expressar ideias com clareza.

Enquanto o covarde não se aceitar como tal, não se curará, advertem os especialistas. Vencer o problema requer ajuda profissional, no caso, de um psicólogo da covardia. O tratamento inclui procedimentos que buscam desenvolver empatia no covarde, tarefa que parece bem difícil, entendendo-se empatia como a capacidade de se colocar no lugar do outro - aquele que é diferente de nós -, compreender seus sentimentos, perspectivas e necessidades. O empático no Poder atende aos vulneráveis, às minorias. O covarde nem olha para eles.

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