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Isac Ribeiro

Agricultor e estudante de Direito.

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PT ainda pode liderar o campo progressista

O PT conseguiu 47 milhões de votos no segundo turno, elegeu quatro governadores próprios e outros aliados, elegeu a maior bancada da Câmara dos Deputados e ainda é o partido mais querido da população com cerca de 25% de preferência

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As eleições de outubro que elegeu o ultradireitista Jair Bolsonaro sobre o campo democrático liderado pelo PT e por Fernando Haddad mostrou que é possível e necessário uma frente de resistência. Apesar da derrota, o PT ainda tem um grande capital político e social para liderar a luta contra qualquer tipo de retrocessos sociais e políticos que o próximo governo possa fazer.

Uma resistência dessa natureza não significa questionar o resultado das urnas ou qualquer outro tipo de boicote aintidemocrático ao novo governo, como fez o PSDB no segundo governo Dilma. Significa sim, impedir e lutar contra retirada de direitos da população e principalmente daquelas camadas mais carentes, como um aprofundamento da reforma trabalhista e uma reforma da previdência draconiana. Medidas estas que já foram defendidas por membros da equipe de transição do governo Bolsonaro.

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Para tanto o campo progressista deve se organizar através de alianças partidárias, movimentos sociais, estudantis, indígenas, etc. para criar ou recriar uma nova frente para combater as medidas antipopulares que estão por vir. Esclarecer a população e ao mesmo tempo mobiliza-la é o desafio principal, pois sem participação popular massiva é impossível mudar o estado das coisas ou evitar os retrocessos. Portanto, todo planejamento passa por uma boa comunicação e uma forte adesão popular, por que é o povo quem sente na pele a retirada de seus direitos arduamente conquistados.

Mesmo com a derrota no segundo turno, o PT se qualifica como sendo o partido que deve liderar e puxar essa corrente de resistência em nível nacional, pois mesmo com o revés, ainda saiu fortalecido das eleições e continua sendo o partido mais forte das esquerdas. Além disso, foi o PT quem bateu de frente com Bolsonaro e é lógico que ele faça uma maior oposição ao governo do capitão. Nem só por que perdeu, mas também por defender um projeto totalmente contrário ao que defende Bolsonaro e sua turma.

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O PT conseguiu 47 milhões de votos no segundo turno, elegeu quatro governadores próprios e outros aliados, elegeu a maior bancada da Câmara dos Deputados e ainda é o partido mais querido da população com cerca de 25% de preferência. Isso tudo mesmo com massacre que a operação lava jato fez no partido prendendo algumas de suas lideranças, com os vazamentos seletivos e muitas vezes falsos da mídia tradicional que bateu duro no PT contribuindo para uma onda de antipetismo irracional dentro de grande parcela da sociedade.

No entanto, é importante que o PT se coloque nesta liderança do campo progressista tomando algumas medidas necessárias e saudáveis para a própria sobrevivência e trajetória. É grandioso que se reconheça erros e falhas cometidas, até para evitar comete-los de novo e não só bater na tecla da perseguição ao partido. Sim, o PT foi muito perseguido por parcelas do Judiciário e da mídia tradicional e deve ser mostrado isso para a sociedade, mas é importante reconhecer onde se errou- até por que o partido é construído por seres humanos e não por robôs ou deuses. Outro ponto necessário é se aproximar das bases sociais com maior ênfase e construir, reconstruir, remodelar e discutir propostas e projetos para o país e não só ficar na defensiva combatendo os retrocessos que podem vir. Deve-se mostrar que o PT e as esquerdas e todo campo progressista também tem uma agenda de país e que essa agenda de propostas e projetos é melhor do que todas que estão aí sendo implantadas e defendidas.

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Então, o campo progressista não pode se abater com a “derrota” sofrida, uma vez que, saiu com representação expressiva na Câmara, inclusive o PSOL saiu de 5 para 10 deputados federais. Isso é um avanço, além de que, a esquerda manteve para os próximos quatro anos praticamente o mesmo número de deputados federais da atual legislatura. E a liderança desse campo tem tudo para ser exercida pelo PT- aliado aos movimentos sociais e lideranças novas como Guilherme Boulos e Manuela D’Ávilla- cabendo a ele com racionalidade, equilíbrio e agindo de forma certa no momento certo trazer a população à resistência a qualquer tipo de retrocesso social. Deve ser buscada a união do campo progressista, sem qualquer tipo de divisão, mesmo que isso custe o máximo de esforço.

 

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