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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

629 artigos

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PT vira boia de salvação do agronegócio na guerra EUA-China

A decisão chinesa de deixar o Brasil para comprar mais grãos dos Estados Unidos cria situação insustentável aos agricultores brasileiros; por isso, apoio do PT, combatente da privatização bolsonariana, passa a ser fundamental

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Desastre agrícola à vista

Não está afastada hipótese de guinada política do agronegócio nacional de abandonar Bolsonaro para apoiar o PT afim de se proteger dos estragos que podem provocar a guerra comercial global que leva a China a abandonar importações nacionais para aumentar negócios com os agricultores americanos.

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Os chineses, primeiro, defendem seus interesses de continuarem exportando produtos manufaturas para os Estados Unidos, afetados pelo protecionismo nacionalista de Trump; assim, a China compra mais produtos agrícolas de Tio Sam para continuar tendo acesso ao mercado americano de produtos industrializados, de alta tecnológica, sem ameaças de taxações protecionistas.

O resultado é desastre econômico para o agronegócio nacional; quem vai defendê-lo, se o governo Bolsonaro se aliou a Trump contra a Venezuela, parceira da China, consumidora da soja e milho brasileiros?

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A estratégia global chinesa ficou ameaçada com o nacionalismo trumpiano; o chefe da Casa Branca aumentou tarifas sobre produtos industrializados chineses e colocou o comercio bilateral entre dois gigantes em perigo.

Sem exportações para Estados Unidos, haveria superprodução chinesa, que levaria a China à deflação; os preços dos manufaturados chineses entrariam em parafuso; para que isso não aconteça, Pequim propôs a contrapartida: compra produção de grãos americana, soja e milho; em troca mantém exportações chinesas para os Estados Unidos.

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O governo americano, que teme superprodução de grãos e deflação de preços, acertou com China uma pausa na guerra comercial.

Essa armação bilateral entre os dois gigantes prejudica Brasil; as exportações para China, que representam 34% do PIB nacional, entram em bancarrota, se os chineses diminuem compras no Brasil e aumentam nos Estados Unidos.

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Vantagem comparativa

Os chineses, em contrapartida, passam a dispor de vantagem comparativa diante do Brasil; podem exigir das autoridades brasileiras redução da ação beligerante delas contra Maduro, aliado da China.

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É nesse instante que o PT sai em socorro dos agricultores brasileiros, por meio de defesa de política nacionalista; o Brasil, nesse contexto, dispõe de grande triunfo diante dos chineses: a produção petrolífera e mineral; a Petrobrás, para produzir insumos subsidiados aos agricultores, garantindo-lhes competitividade na disputa com concorrentes americanos; e os minérios, dos quais dependem os chineses para tocar sua industrialização; sem eles, manufatura chinesa perde competitividade no mercado americano; taxar exportação mineral, suprimindo isenção fiscal garantida por Lei Kandir, prejudica industrialização chinesa competitiva.

Manter Petrobras privatizada vira prioridade para o agronegócio, na disputa comercial global; nesse contexto, Bolsonaro ficou sem pai nem mãe com a decisão de confrontar aliado da China na América do Sul, que são os venezuelanos.

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A decisão chinesa de deixar o Brasil para comprar mais grãos dos Estados Unidos cria situação insustentável aos agricultores brasileiros; por isso, apoio do PT, combatente da privatização bolsonariana, passa a ser fundamental.

Torna-se mal negócio para o agronegócio brasileiro a política neoliberal de Paulo Guedes, que privatiza Petrobras e seus derivados, óleos refinados; Petrobrás nacionalizada, junto com suas refinarias, é segurança de preço competitivo, subsidiado aos agricultores; foi por meio dessa estratégia que o agronegócio passou a representar 34% do PIB; 30% das exportações nacionais vão para a China.

Sem essa receita,o país, dependente de exportações, de modelo primário exportador, afetado, cronicamente, pela deterioração nos termos de troca internacionais, entra em crise cambial aguda.

O PT, no Congresso, torna-se alvo do agronegócio, para defender interesses dos agricultores brasileiros; consequentemente, o peso político petista nacionalista ganha outra dimensão no espaço político da reforma da previdência, para lutar contra projeto ultraneoliberal de Paulo Guedes.

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