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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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Que falta faz um presidente

Enquanto o presidente é responsável por 75% das mortes por COVID-19, o ex-presidente influenciou na aquisição de milhões de doses que entrarão no Plano Nacional de Vacinação. Resta claro que, sob a condução de um estadista, população estaria vacinada e o número de mortes seria muito menor. O problema é que há um genocida na Presidência.

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Ao contrário do que diz Bolsonaro, é desnecessário investigar rigorosamente a internet em busca de um sem fim de declarações e atitudes em que ele é flagrado negando a COVID-19, provocando aglomerações, desqualificando o isolamento, desdenhando do uso da máscara e dispensando 230 milhões de doses de vacinas. Ele mente como se fosse imperceptível, ou um ser inimputável. Afirma com forte convicção algo que não tem a mínima condição de demonstrar. E fica por isso mesmo, não é cobrado nem pelas instituições, nem pelos seus seguidores.

De afronta em afronta, não devidamente rechaçadas, há um genocídio instalado, com mais de duas mil mortes diárias cuja soma, em breve, passará de 300 mil. Enfim, Bolsonaro encarna a ausência de um líder, de um presidente. O seu comportamento foi a tônica inalterada, desde 2019. Porém, na quarta-feira (10), um dos desdobramentos do fato político mais importante, desde 2018, alterou a conformação de forças que disputam o cenário. Durante uma coletiva de imprensa, em razão da anulação dos processos contra ele, na Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a pautar a imprensa, Bolsonaro e o combate à COVID-19.

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A anulação dos processos contra Lula e o início do julgamento da suspeição do então juiz Sérgio Moro provocaram protestos destemperados e até mesmo ameaçadores da imprensa comercial, que vê o seu herói abandonado no lodo onde se criou e triunfar a justiça para aquele que ela tem como inimigo figadal. Em uníssona histeria, editoriais denunciaram que o risco Lula, o de tirar este país da fome, novamente, fez a bolsa de valores cair e o dólar subir. Infelizmente, mais que a própria opinião, encontraram espaço nos veículos corporativos, sem a devida e esperada crítica, explícitas ameaças de militares saudosos da ditadura.

A coletiva de Lula foi internacional e de grande repercussão. A inevitável comparação que os veículos estrangeiros fizeram entre ele e Bolsonaro, além do grande número de autoridades internacionais que cumprimentaram o ex-presidente impuseram a Bolsonaro uma mudança de comportamento, ainda que momentânea. Ele apareceu em público usando máscara e defendeu a vacina como saída para a crise sanitária. Nota-se que, enquanto Lula defendeu medidas de isolamento, vacinação em massa, auxílio emergencial e proteção economia nacional, Bolsonaro, em sua live semanal, questionou a eficácia das máscaras e das medidas restritivas de convívio.

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Devido à maneira como Bolsonaro lidou com a crise sanitária, o Brasil ficou mundialmente conhecido como o país que pior enfrentou a pandemia e se tornou uma ameaça para o resto do mundo, não sendo os brasileiros bem vindos. Enquanto o presidente promovia a disseminação do vírus e se negava a comprar vacinas, em 2020, Lula e Dilma lançavam mão do prestígio político internacional de seus governos para articular com a Rússia e com a China a aquisição de vacinas e insumos paras o consórcio Nordeste para a COVID-19, formado por governadores da região. O Fundo Soberano Russo garantiu ao consócio Nordeste o fornecimento imediato de quase 40 milhões de doses da vacina russa Sputnik.

Os últimos acontecimentos revelam que Lula é não apenas uma vítima de uma quadrilha a serviço da dilapidação do Brasil, mas referência de comportamento de um estadista, traço que Bolsonaro não tem o menor. Enquanto o presidente é responsável por 75% das mortes por COVID-19, o ex-presidente influenciou na aquisição de milhões de doses que entrarão no Plano Nacional de Vacinação. Resta claro que, sob a condução de um estadista, população estaria vacinada e o número de mortes seria muito menor. O problema é que há um genocida na Presidência.

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