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Fátima Bezerra

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Que fazer diante do fim iminente do governo Temer?

Se aprovado o prosseguimento da denúncia, Temer será afastado por até 6 meses e Maia assumirá a presidência da República. Se condenado, Michel Temer deixará o cargo definitivamente e o Congresso Nacional, de acordo com o previsto na Constituição, deve convocar eleições indiretas

Temer (Foto: Fátima Bezerra)
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As recentes denúncias de corrupção envolvendo o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves, a prisão de Geddel Vieira Lima e o avanço da delação premiada de Eduardo Cunha ampliaram a vulnerabilidade do governo ilegítimo e as divisões no interior do consórcio político, empresarial e midiático responsável pela ruptura democrática. O golpe entra, assim, em uma nova fase. Um rearranjo para intensificar a agenda de ataques à democracia e aos direitos da classe trabalhadora, além do desmonte do Estado.

Em reunião com investidores, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) afirmou com todas as letras que "o governo caiu" e que "dentro de 15 dias o país terá um novo presidente", em sintonia com o atual presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (PSDB), que disse a jornalistas que Michel Temer está perdendo a governabilidade e que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), tem condições de dar um nível mínimo de estabilidade ao país.

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Apesar da resistência do senador Aécio Neves, do governador Geraldo Alckmin, do prefeito João Doria e do ministro Aloysio Nunes, tudo indica que o PSDB está desembarcando do governo Temer para não naufragar junto com ele e embarcando no movimento que busca levar Rodrigo Maia à presidência da República.

Como presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia é o sucessor do presidente da República em caso de afastamento do presidente. Afastamento que pode se concretizar caso a Câmara dos Deputados, presidida por Maia, aprove o prosseguimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer. Se aprovado o prosseguimento da denúncia, Temer será afastado por até 6 meses e Maia assumirá a presidência da República. Se condenado, Michel Temer deixará o cargo definitivamente e o Congresso Nacional, de acordo com o previsto na Constituição, deve convocar eleições indiretas.

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A Constituição Federal prevê que, vagando os cargos de presidente e vice-presidente da República nos últimos dois anos do período presidencial, o Congresso Nacional deve convocar eleições indiretas, com os parlamentares elegendo o novo presidente e vice-presidente da República. Mas assim como é possível alterar a Constituição para mudar as regras da previdência social e para congelar os investimentos públicos durante 20 anos, também é possível alterar a Constituição para resgatar a soberania do voto popular via eleições diretsas, devolvendo o destino do país ao povo brasileiro.

O momento é extremamente delicado. Trata-se da mais grave crise institucional pós-ditadura. Não podemos aceitar que esta crise produza uma transição conservadora, um novo pacto das elites, mais um acordão entre políticos, empresários e grande mídia. Existem propostas de emenda à Constituição que possibilitam a realização de eleições diretas tramitando tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal. Chegou o momento de dedicar toda nossa energia à mobilização em defesa das diretas já!

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Como tem dito nos bastidores do Congresso Nacional, se chegar à presidência da República, Rodrigo Maia pretende manter a atual política econômica e dar continuidade à agenda de reformas que fazem o Brasil retroceder ao período da República Velha em matéria de direitos trabalhistas e previdenciários. Política econômica que é responsável por impedir a retomada do crescimento econômico, ampliar o desemprego e privatizar o patrimônio nacional, com destaque para o pré-sal e a Petrobras.

O Partido dos Trabalhadores, em seu 6º Congresso Nacional, deliberou por unanimidade que o partido não participará de um Colégio Eleitoral para eleger indiretamente o presidente da República. Não reconheceremos a legitimidade de um possível Colégio Eleitoral. Acreditamos que o único caminho para retirar o país da crise e resgatar a estabilidade institucional é o caminho do voto direto, o caminho da democracia, o caminho que leva em consideração a opinião do povo brasileiro.

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Neste momento, cada brasileiro e cada brasileira tem a oportunidade de se manifestar e de escrever a história do seu país. Mais do que nunca é hora de fortalecer a Frente Suprapartidária em defesa de eleições diretas. Somente uma ampla mobilização social, nas redes sociais e nas ruas, pode impedir a continuidade do golpe, o golpe dentro do golpe, a perpetuação do absurdo. Reafirmamos: não ao Colégio Eleitoral! Fora Temer! Fora Rodrigo Maia! Diretas já

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