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Rachel Vargas

Jornalista há 20 anos, atuou nas principais redações do país, como Correio Braziliense, Jornal de Brasília, TV Band, TV Justiça, Record TV e CNN. Há dois anos, começou a atuar em consultorias políticas e se especializou como consultora de relações institucionais e governamentais.

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Queda de braço por agências reguladoras atrasa sabatinas

Nos bastidores, a aposta é de que Davi Alcolumbre, cada vez mais próximo do presidente Lula, reafirmará sua força política

Davi Alcolumbre (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, tem dito a aliados que ainda não definiu a data das sabatinas dos indicados para as agências reguladoras. Em dezembro do ano passado, o governo enviou 17 nomes que, desde então, aguardam o rito. O problema estaria na disputa por alguns cargos, que coloca em lados opostos Alcolumbre e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que passou de aliado a arqui-inimigo do senador. 

Na disputa pela indicação da diretoria-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP), Davi foi mais forte, uma vez que prevaleceu o nome de Artur Watt Neto, defendido e apadrinhado pelo Senado. Silveira até tentou emplacar o aliado Pietro Mendes no cargo, mas restou o indicar para uma diretoria técnica da Agência. O cargo menor, no entanto, não reduziu a temperatura da crise. O nome de Pietro ainda pode ser substituído – o que é possível enquanto não ocorre a sabatina - ou até mesmo rejeitado em votação, num claro recado de Davi a Silveira. Outra agência que trava as sabatinas e pode ter o mesmo desfecho da ANP é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Nos bastidores, a aposta é de que Davi, cada vez mais próximo de Lula, reafirmará sua força política, atenderá a agenda do governo e ganhará a queda de braço.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.