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Nêggo Tom

Cantor e compositor.

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Quem não sabe votar, atira

Perguntar a uma criança de cinco anos, se ela sabe atirar como uma arma de fogo, é o mesmo que Bolsonaro perguntar ao seus eleitores, se eles sabem votar. Eles vão dizer que sabem, sem perceber que estão dando um tiro em suas próprias cabeças.

Quem não sabe votar, atira
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Enquanto Lula cresce a cada dia, nas pesquisas de intenção de voto, o seu principal concorrente segue se popularizando pelas polêmicas e afundando-se nas próprias idéias. Jair Bolsonaro, o homem que não sabe diferenciar a dívida pública de uma arma de fogo, ou que talvez planeje solucionar a primeira, com a segunda opção, adicionou mais uma ato de estupidez, a sua já extensa lista de absurdos que ele coleciona.

É incrível, como a personalidade desse senhor, passeia entre o desequilíbrio e a escuridão do pensamento. Cada vez que ele verbaliza uma de suas excrescências, ele desequilibra a harmonia do universo daqueles que não conseguem compactuar com a sua obtusidade. Eu fico pensando nos seus eleitores, e me questiono uma coisa. Será que são todos mais equilibrados do que ele? Sei lá! Será que, por exemplo, os eleitores do mito também seriam capazes de colocar uma arma nas mãos de uma criança de 5 anos e ensiná-las a atirar?

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A descrença com a política brasileira, pode estar levando muita gente a um estado de euforia débil, alimentada por uma ilusão de óptica e de retórica. Os fãs de Bolsonaro que nos diga. O que vocês viram nesse senhor, a ponto de desejá-lo como presidente da república? Um homem, que para justificar o crime que cometeu, dando uma arma de fogo para o seu filho, então com 5 anos de idade, para que este aprendesse a atirar, cita como exemplo, menores de idade que atuam como soldados para o tráfico de drogas.

Quaquer outro candidato ou cidadão, que desejasse o crescimento e o desenvolvimento do seu povo, estaria mais preocupado em investir em educação e cultura, do que na fabricação de uma nova modalidade de assassinos. Os "de bem". Muitos dos jovens que empunham uma arma, a serviço do crime organizado, não tiveram a oportunidade de escolher outro caminho. Não estou justificando o fato de alguém optar pelo crime. O que estou tentando dizer é que, a ausência do estado – estado este que Bolsonaro quer tornar mínimo por direito, como se já não fosse de fato – também produz criminosos, quando deixa de investir em educação, sáude e segurança.

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Curioso também, é perceber que Bolsonaro não tem nenhum pudor, em "recrutar" crianças inocentes, para o seu exército de delinquentes intelectuais, mas, acha um pavor que crianças recebam educação sexual nas escolas. Principalmente, se o tema for homossexualidade. Ok! Eu também não sou favorável que se discuta ideologia de gênero no âmbito escolar. A questão é que, para Bolsonaro, é melhor termos uma geração de assassinos do bem, do que de pessoas que façam uso da sua liberdade, da maneira que quiserem e dentro da lei.

Ele ainda disse aos jornalistas que o questionaram, pelo fato, de mais uma vez, ele ter pego no colo uma criança e a feito simular o gesto de uma arma com as mãos e ter perguntado se ela sabia atirar, que "não podemos criar uma geração de covardes", que não saibam usar uma arma para se defender. Bezerra da Silva explicaria essa afirmação, com um verso de um de seus grandes sucessos: "Você com um revólver na mão é um bicho feroz. Sem ele, anda rebolando e até muda de voz". Eu sempre pensei que só os covardes precisassem de uma arma para se sentirem mais fortes e confiantes. Acho que me enganei.

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As propostas mais "relevantes" do programa de governo de Bolsonaro, estão pautadas no preconceito, no ódio e na intolerância, que dominam toda a sua existência. Já prometeu acabar com as cotas e com programas sociais, os quais ele chama de assistencialismo. Já prometeu expulsar os médicos cubanos do país, da mesma forma que acenou com a mesma possibilidade, em relação aos refugiados venezuelanos em Roraima. Esses já sentiram na pele o fruto de sua ideologia separatista e desumana, ao serem escorraçados daquele estado, ao som do hino nacional e sob palmas tão lúcidas, quanto o raciocínio do mentor da agressão.

Já avisou que no seu governo, o povo terá que escolher entre ter emprego ou ter direitos trabalhistas, prometeu um cartucho de 762 aos latifundiários que tiverem suas terras invadidas e está trocando carícias afetuosas e promíscuas, com investidores internacionais que patrocinaram o golpe contra Dilma Roussef. Bolsonaro é tudo que de pior pode acontecer a um país, que já foi rendido por golpistas e pode estar prestes a ser vendido pelo seu pretenso salvador. Seu oportunismo é gritante. Tanto, como a sua capacidade de não dizer nada e de levar os seus seguidores ao delírio com isso.

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Perguntar a uma criança de cinco anos, se ela sabe atirar como uma arma de fogo, é o mesmo que Bolsonaro perguntar ao seus eleitores, se eles sabem votar. Eles vão dizer que sabem, sem perceber que estão dando um tiro em suas próprias cabeças.

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