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Quem não soube a sombra não sabe a luz

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Leio, neste 247, que o ex ministro favorito do messias, responsável até outro dia pela pasta da (in)justiça, dialoga com a dificuldade de perfilar uma qualquer frente democrática que crie alternativa ao governo atual – na matéria está dito que ele teria ‘rachado’ o movimento virtual pela democracia organizado pelo Direitos Já...

A conjuntura estabelecida pela só veiculação do nome do ex ministro em um qualquer movimento que se pretenda democrático remete nossa lembrança a tristeza de Dona Beja, cortesã das Minas Gerais, reconhecida vítima da própria beleza – condição a que o machismo lhe reduziu ao custo do rapto impeditivo do escrutínio volitivo do conteúdo teúda e manteúda...

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A bela dona das Minas Gerais, viva estivesse, ao defrontar a revelada intenção democrata de moro (eis aqui o motivo de nossa lembrança), por certo recorreria à fonte da Jumenta ou a seu Padre confessor...

Dona Beja não podia frequentar a missa em Araxá em horários convencionais, reservados à tradicional família mineira, cujos varões (‘conge’ varão seria uma piada pronta e eu as evito) frequentavam a chácara do Jatobá. Todavia, conta a história que um Padre progressista lhe recebia para confissão e comunhão, à sorrelfa...  

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Lembramos disso por acreditarmos em dois caminhos para o ex ministro compor uma qualquer frente democrática contra o messias: o primeiro seria tomar da fonte da Jumenta, sem saber o resultado da poção – isso seria com Dona Beja e apenas o amanhã responderia...  

O segundo caminho, o da sorrelfa com que Beja recebia a comunhão e se confessava, talvez encontre na ausência da promessa de criptografia de ponta a ponta da Sacristia um obstáculo – afinal até os cães, dizem, quando mordidos por cobra temem linguiça...

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Todavia e no ponto, a tristeza de Beja não é de ser desconsiderada enquanto hipótese de herança do ex ministro.

Beja, cuja grande beleza é historicamente reconhecida, não viveu a vida que escolheu, nem o fez ao lado do homem que amou, ainda que tenha vivido com dignidade o que lhe restou da covardia machista a que fora submetida por força do rapto de que fora vítima, praticado pelo ouvidor do Rei...

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O ex ministro, consabido seja até nos bordéis das Minas Gerais, não detém beleza física a ser historicamente reconhecida, tampouco podemos dele dizer não ter vivido a vida que escolheu – ao contrário de Beja que foi raptada ele, moro, escolheu se deixar sequestrar quando sequestrou (para ter com o que seduzir e, assim, despertar a vontade e o interesse em seu próprio sequestro) justamente o espectro democrático do estado de direito que fingia respeitar...

Falamos em sequestro e não em rapto na medida em que o fim libidinoso deste só colou na conduta de moro quando, em nossa própria pele, sentimos o que significa uma jurisdição sequestrável, cuja entrega obedece um ‘time’ político próprio, que se ultima após tratativas e orientações com uma das partes...

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Então, o que há entre Dona Beja e moro, além do bordel que uma fez florescer e a democracia que o outro mitigou?

Há a dignidade preservada da cortesã em polo de conflito com a tentativa de moro em se vender enquanto alternativa democrática do governo que elegeu, com auxílio do interesse estadunidense e da vontade prostituída da mídia familiar tupiniquim, que acalenta a narrativa de ‘juizticeiro’ – esta miséria ainda virá à tona.  

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A miséria é que sequer a prostituição de Beja lhe desonra, enquanto em moro é justamente o que lhe impede ser aceito em círculos democráticos, à luz do dia, já que a memória dos verdadeiros democratas não relativiza direitos.  

Em um mundo de putas e prostitutos Dona Beja segue reconhecida vítima do machismo, ao passo que moro se aloca entre a fonte da Jumenta e confissões às escondidas...  

A cortesã não sentiu o peso da própria história, por mais covarde que a vida lhe tenha sido. Já moro, podemos dizer, é vítima de sua opção de vida, na medida em que sem estar na cena política se fez articulista (político) da toga, usurpando sua condição na entrega de uma jurisdição de oportunidade que agradou a todo adversário (político) de Lula, do PT, da esquerda e, por isso mesmo, ao tio sam...

‘Mundo mundo, vasto mundo. Se eu me chamasse Raimundo, seria uma rima, não seria uma solução’. Fosse Beja ministra da justiça talvez a água seguisse seu leito natural, persistindo enquanto legado público – afinal a mineira sempre preservou a fonte da Jumenta...

Fato é que não podemos desconhecer que faz parte do legado de moro a ascensão do messias à presidência da República, episódio decisivo para a privatização da água...

Cortesã por vitimização machista e prostitutos da história à parte, o enredo de Beja segue honrado, ao passo que a fonte da Jumenta só teria uma opção para tal desventura: preservar frentes democráticas da presença de quem nunca foi um democrata!

Tristes e afogados trópicos privatistas. Seguem fazendo muita falta Moraes Moreira, Aldir Blanc, Elis Regina, Tim Maia, Billie Holiday, Fred Mercury, David Bowie, John Lennon, Jimi Hendrix, Linda Lovelace, Taiguara, Drumond, Charles Chaplin – além de e principalmente você, amado Pai, João Pau Véio – sit tibi terra levis...

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