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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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Quem tem Coaf tem medo

"Em tempos de Léros-Léros, quem tem Coaf tem medo. À medida que a situação fica a cada dia mais nebulosa, Jair Bolsonaro trata de blindar os filhos com providências pra lá de estratégicas", escreve a jornalista Denise Assis; "Engana-se quem o considera um tresloucado. Suas atitudes são milimetricamente calculadas"

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Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia 

Em tempos de Léros-Léros, quem tem Coaf tem medo. À medida que a situação fica a cada dia mais nebulosa, Jair Bolsonaro trata de blindar os filhos com providências pra lá de estratégicas. Engana-se quem o considera um tresloucado. Suas atitudes são milimetricamente calculadas.  

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Um exemplo disto é a pública e notória desidratação imposta ao ministro da Justiça, Sergio Moro. E, num governo paranoico, a desconfiança sobre um vai contaminando os mais próximos.  

E tanto é assim, que Moro está vivendo os seus piores dias. As declarações de seu indicado para a presidência do Coaf, Roberto Leonel, contra a medida do presidente do STF, Dias Toffoli, de exigir autorização judicial para que o Ministério Público tenha acesso aos dados do Coaf, beneficiando Flávio Bolsonaro, o colocou debaixo da marquise. Moro observa que a enxurrada já cobre a calçada e vai atingi-lo em algum momento. Só não sabe quando, mas sem dúvida está no foco presidencial.  

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Bolsonaro não quer correr o risco de ver Flávio perder o cargo de senador, implicado em uma teia de depósitos mal explicados, da época em que era deputado estadual, no Rio de Janeiro. Desta forma, todas as vezes que vê riscos para o 01, troca o Coaf de mãos e o coloca sob a proteção de alguém do seu ponto de vista, mais “confiável”. Enquanto o Coaf rola como seixo de rio, de-déu-em-déu, Flávio está a salvo do aprofundamento das investigações.  

Bolsonaro parece pressentir que em algum momento o caldo entorna. Sabe-se lá se a dimensão do escândalo que toma conta do cenário político no Paraguai atravessa a fronteira... Por via das dúvidas, luta como um desesperado para colocar o 03 como embaixador em Washington, onde estaria a salvo de maiores percalços. Caso as coisas se compliquem para o clã, Eduardo já estará seguro, sob a proteção da família Trump, de quem se diz amigo, e podendo mover céus e terras em socorro ao pai.  

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Cá para nós, para isto, não precisava transformá-lo em embaixador. Já que é amigo de Trump, bastava se hospedar na Casa Branca, organizar com o seu caçula um passeio à Disney, fazer umas fotos com o Mickey e estava resolvido. Não tinha necessidade de nos expor a esse constrangimento.

Só falta agora Carluxo, o 02, se arvorar de querer também algum cargo que o coloque seguro em algum foro privilegiado. No melhor estilo das famílias italianas, é possível que o papai já esteja maquinando algo neste sentido. Que tal embaixador no Paraguai?

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