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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Quem tem uma Bolsonaro de saias de vice não pode posar de pacificador

"Alckmin disfarça, mas no fundo é Bolsonaro sem bigodinho de Hitler. Ele pensa o que Bolsonaro pensa, mas não tem coragem de dizer. É um Bolsonaro bundão. Ele quer ser Bolsonaro quando crescer. Por isso os tucanos que escolheram Aécio estão escolhendo o candidato nazista", critica o colunista do 247 Alex Solnik, ao analisar a propaganda eleitoral do presidenciável tucano, que tenta comparar o candidato da extrema-direita a Fernando Haddad

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Perdi minha paciência com Alckmin. Achei que ele estava disposto a fazer uma campanha limpa e democrática, mas depois de ver a peça mais recente da sua propaganda mudei de ideia. Ele partiu para contar mentiras deslavadas para ver se ganha votos de última hora colocando Bolsonaro e Haddad no mesmo saco de ameaça à democracia. "Olha como são iguais" diz seu comercial "e eu sou adversário dos dois".

Além de ser uma burrice monumental, pois todo mundo sabe que quem está no mesmo saco de Bolsonaro é ele – sua vice que o diga - Alckmin contraria todos os manuais de marketing político, tentando abater dois adversários com uma só propaganda. Ninguém contava com a sua astúcia.

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É um ataque suicida e estúpido, como todo ataque suicida. Alckmin tem que tirar votos de Bolsonaro para ganhar fôlego. Foi Bolsonaro quem capturou os votos que Aécio teve em 2014 e que deveriam ser dele. O que vai conseguir é cair ainda mais. Metade de seu eleitorado vota em Haddad no segundo turno e pode migrar para o petista se houver uma onda de voto útil na reta final da campanha.

Antes de dizer que a democracia corre riscos com eleição de Haddad, Alckmin tem que explicar porque escolheu e elogia todos os dias a sua vice que ficou conhecida como "Ana do Relho", depois de estimular ataques à caravana pacífica do PT ao Sul do país.

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Ele tem que explicar as estreitas ligações de sua vice com uma organização de extrema-direita chamada MBL, que prega abertamente intervenção militar.

Quem tem como vice uma Bolsonaro de saias não pode dar uma de pacificador.

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Alckmin também tem que explicar as suas próprias ligações com a TFP, que foi um dos braços da ditadura de 64 e seu apoio ao candidato de extrema-direita ao governo de São Paulo chamado João Doria.

Seu sorriso, misto de Monalisa com coroinha é um biombo para os mesmos valores antidemocráticos do candidato da extrema-direita, como demonstrou inúmeras vezes durante seus mandatos jogando suas forças policiais contra favelados e estudantes.

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Alckmin também tem o mesmo desastroso programa econômico de Bolsonaro, que é, aliás, o mesmo de Temer, como o próprio Temer fez questão de lembrar aos brasileiros recentemente.

Alckmin disfarça, mas no fundo é Bolsonaro sem bigodinho de Hitler. Ele pensa o que Bolsonaro pensa, mas não tem coragem de dizer. É um Bolsonaro bundão. Ele quer ser Bolsonaro quando crescer. Por isso os tucanos que escolheram Aécio estão escolhendo o candidato nazista.

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