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Ricardo Amaral

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Querem tornar Lula invisível

"A resiliência de Lula nas pesquisas não estava nos planos dos golpistas – que de resto não entendem nada de povo. Queriam que ele simplesmente desaparecesse depois de preso, mas Lula roubou a cena nas imagens históricas de São Bernardo, 7 de abril", avalia Ricardo Amaral; "Tornar adversários invisíveis é estratégia sistemática da Globo. As caravanas de Lula pelo Nordeste, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro foram simplesmente censuradas pela Globo. Foi preciso um atentado a tiros no Paraná para que ela virasse notícia. Agora, a censura recai sobre os acampamentos de Curitiba e Brasília, sobre as manifestações por Lula Livre em todo o Brasil e ao redor do mundo"

São Bernardo do Campo SP 07 04 2018 O ex presidente Luiz Inacio Lula da Silva depois da missa no braço do povojanela do sindicato dos Metalurgicos do ABC Foto Paulo Pinto Fotos Publicas (Foto: Ricardo Amaral)
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A edição da pesquisa Datafolha no jornal que é dono do instituto revela muito sobre a maneira como a imprensa e os golpistas querem tratar o ex-presidente Lula e sua candidatura, amplamente majoritária. O comando de cima é fazer de Lula um não-candidato, um político invisível, mesmo que isso contrarie os números da pesquisa e a sensibilidade popular.

A manchete da Folha de S. Paulo ("Lula perde votos") é uma transgressão metodológica e uma farsa jornalística. Sustenta-se em alegada "queda de 37% para 31%" entre a pesquisa de domingo e a anterior, de 31 de janeiro, nos cenários estimulados de primeiro turno. Mas o próprio texto alerta que os cenários não podem ser comparáveis.

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Em janeiro, o Datafolha apresentou cardápios de 11 candidatos, nos quais Lula pontuava entre 34 a 37%. Na última pesquisa, foram acrescentados mais 5 candidatos, o que aumenta a competição. A prova dos 9 são os cenários de segundo turno, que, estes sim, podem ser comparados. E nestes, Lula marca os mesmos 60% de votos válidos que teve em janeiro contra Marina, Alckmin e Bolsonaro.

A Folha guardará mais esta vergonha em seus registros, junto com a falsa acusação de que Dilma Rousseff teria planejado um atentado contra o então ministro Delfim Netto, nos tempos de militância, e com os editorais da Ditabranda, do apoio ao golpe de 2016 e, mais recente, pela prisão ilegal de Lula.

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Mas a Folha é apenas uma peça da máquina de mentiras que promoveu o golpe e quer fraudar as eleições de outubro. O motor está instalado na Rede Globo, que, depois de conseguir a prisão ilegal de Lula, agora pressiona os tribunais superiores a negar-lhe o direito constitucional de recorrer em liberdade contra a condenação injusta.

A resiliência de Lula nas pesquisas não estava nos planos dos golpistas – que de resto não entendem nada de povo. Queriam que ele simplesmente desaparecesse depois de preso, mas Lula roubou a cena nas imagens históricas de São Bernardo, 7 de abril. E o fez ao vivo, pirateando a programação da GloboNews e deixando atônitos seus comentaristas.

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Tornar adversários invisíveis é estratégia sistemática da Globo. As caravanas de Lula pelo Nordeste, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro foram simplesmente censuradas pela Globo. Foi preciso um atentado a tiros no Paraná para que ela virasse notícia. Agora, a censura recai sobre os acampamentos de Curitiba e Brasília, sobre as manifestações por Lula Livre em todo o Brasil e ao redor do mundo.

A máquina do golpe aposta que, preso, Lula cairá no esquecimento e para isso vale até manipular suas próprias pesquisas, como fez a Folha. Querem antecipar no imaginário da sociedade uma inelegibilidade que ainda não tramitou pela Justiça Eleitoral, o que só acontecerá a partir de 15 de agosto, quando a candidatura será registrada, às vésperas do início da propaganda de rádio e TV.

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Lula e o PT estão certos em resistir a esta antecipação artificial. Em primeiro lugar, porque Lula é inocente e isso terá de ser reconhecido num julgamento justo. Conformar-se com a condenação seria aceitar a canga que a Casa Grande quer impor à Senzala. Seria ignorar que Lula foi condenado sem provas, sem cometer crime algum, por juízes parciais com objetivos políticos.

A anulação do julgamento de Lula, por seus vícios, nulidades e ilegalidades, na primeira e segunda instâncias, é questão central para a retomada do pacto político que vigorou no país desde a Constituição de 1988. Quem está preso em Curitiba não é o cidadão Luiz Inácio Lula da Silva: é a democracia brasileira.

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