“Quero que o Bolsonaro vá pro inferno”

Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

“Quero que vá tudo pro inferno” foi um dos maiores sucessos da dupla Roberto e Erasmo Carlos em 1965. 

Na década de 80, devido a mais uma de suas superstições e ao transtorno obsessivo-compulsivo, Roberto a baniu de seu repertório, pois achava que pronunciar a palavra “inferno” dava azar. 

Não mencionava – e não menciona até hoje - sequer o título da canção.

Como não acredito nessa história de que existe “Céu” ou “Inferno” e não sou supersticioso, compus uma paródia do grande sucesso, adaptada para os dias atuais.

Além de as paródias serem expressamente permitidas pela Constituição Federal (Lei 9.610/98 Art. 47), o STF, há alguns dias deu ganho de causa ao deputado federal Tiririca, processado por Roberto Carlos por ter utilizado uma paródia de outro sucesso seu, “O Portão” (“Eu voltei/ voltei para ficar/ pois aqui/ aqui é o meu lugar”) na campanha eleitoral de 2014.

Podemos, portanto, cantar em alto e bom som a paródia “Quero que o Bolsonaro vá pro inferno”:

De que vale a minha vida besta pós PT

Se entro no meu carro, mas não posso abastecer?

Onde quer que eu ande não vejo alegria

Eu tempos atrás era feliz e não sabia

Quero o PT de volta no governo

E que o Bolsonaro vá pro inferno

Minha esperança de repente acabou

Depois que ele veio o Brasil só piorou

Gosta de tortura, é um mentiroso

E da ditadura está carente e saudoso

Quero o PT de volta no governo

E que o Bolsonaro vá pro inferno

Ele por si mesmo era dose aguentar

Trouxe mais três filhos para nos atormentar

Um quer AI-5, outro faz fuxico

Outro rachadinha, com a qual ficou bem rico

Quero o PT de volta no governo

E que o Bolsonaro vá pro inferno

Além dos três filhos tem ainda o Queiróz

Dos milicianos ele é o porta-voz

Chefe de quadrilha e de gabinete

Amigão do Bozo desde os tempos de cadete

Quero o PT de volta no governo

E que o Bolsonaro vá pro inferno

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