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Valéria Guerra Reiter

Escritora, historiadora, atriz, diretora teatral, professora e colunista

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Rainhas, princesas. Funerais e oportunismo

"Oportunismo sempre foi a tônica nos salões palacianos de reis, rainhas, princesas, generais, presidentes em seus casamentos e funerais", diz Valéria Reiter

Cortejo fúnebre percorre a Long Walk até chegar ao Castelo de Windsor (Foto: REUTERS/Aaron Chown/Piscina)
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Por Valéria Guerra Reiter 

O mundo monárquico ou o que o valha, foi uma ideia genial. O forjar de reis, rainhas, princesas e toda a casta da “nobreza” foi inventado para justificar a desigualdade entre os seres humanos. O cesarismo é viciante.

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A superioridade de uns sobre outros (ainda) continua sendo a mola mestra que invade, mata e arrebenta. Até os reis fracos da alta Idade Média tinham seus vassalos.

A longevidade de monarcas ao longo da história dos reinados demonstra que o planeta Terra é orbe manchado pelo sangue de incautos súditos de um sistema senhorial.

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Imperadores, czares, governadores, faraós, senadores e outras insígnias de poder vem avassalando a naturalidade selvagem e bárbara, antropologicamente falando, de quem no início da existência dormia e caminhava sobre as copas das árvores: “A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável”, assim refletiu Jean Jacques Rousseau; o teórico político.

“Monarquia absoluta foi a forma de governo dominante em grande parte dos estados europeus entre os séculos XVI e XVIII.”. E ela se assenhoreou do mundo, através do seu mercantilismo torpe e colonialista. Foram diversas “invasões” e “mapeamentos” de terras e “peças de gente”.  

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E detrás de toda esta pantomina - que entre outros abusos - transformou o continente africano em um extenso quintal de consumo retalhado entre os imperialistas: enquanto isto, as princesas se travestiam com suas melhores sedas, e através desse fetiche, empresas da moda se reproduziram: desde a confecção de joias até a montagem de transportes luxuosos. Diamantes e sangue contam esta trajetória secular.

Hoje, temos quarenta e quatro países sob monarquia no mundo. De forma absoluta ou constitucional, a monarquia britânica prossegue impávida geopoliticamente no globo.  

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A ostentação faz parte da vida dos governantes e de seus asseclas, diferente do minimalismo, que nunca foi moda para as referidas “personalidades”, que não levam em consideração cultura, cidadania, direitos humanos, preservação ambiental, serviço social midiático ou qualquer outra forma de conteúdo de interesse do público. E o oportunismo sempre foi a tônica nos salões palacianos de reis, rainhas, princesas, generais, presidentes, banqueiros, em seus casamentos e funerais, bradando: seus mais pérfidos ditérios.

“Aquele que se ajoelha diante do fato consumado não é capaz de enfrentar o futuro”. A reflexão de Léon Trotsky nos remete ao fato consumado do Golpe 2016 e suas consequências ordinárias, que até hoje estão refletidas em episódios terrivelmente extravagantes e oportunistas, como o desfile de moda estampado no funeral da rainha Elizabeth II, no último dia 19, na Inglaterra: lá havia uma mulher, uma primeira-dama, de luto à la princesa Diana, mostrando um rosto incomensuravelmente emproado. E aqui, no Brasil, há um povo dormindo na rua, passando fome, e sem direito a enterro digno, quando morre.

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