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Laurez Cerqueira

Autor, entre outros trabalhos, de Florestan Fernandes - vida e obra; Florestan Fernandes – um mestre radical; e O Outro Lado do Real

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Rastaqueras unidos na bizarra sessão do golpe de Estado

A mídia senhorial  tenta a todo custo dar pompa e ares de limpeza ao espetáculo da oposição e uma narrativa manipulada das ações do golpe, contribuindo ainda mais para o quadro deplorável dos acontecimentos. A mídia nativa está sendo tratada mundo a fora,  pelas grandes agências internacionais de notícia, como algo picaresco, tamanha a desfaçatez de editores, repórteres e comentaristas, na manipulação das informações

A mídia senhorial  tenta a todo custo dar pompa e ares de limpeza ao espetáculo da oposição e uma narrativa manipulada das ações do golpe, contribuindo ainda mais para o quadro deplorável dos acontecimentos. A mídia nativa está sendo tratada mundo a fora,  pelas grandes agências internacionais de notícia, como algo picaresco, tamanha a desfaçatez de editores, repórteres e comentaristas, na manipulação das informações (Foto: Laurez Cerqueira)
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O Brasil teve a oportunidade de ver, na votação da admissão do processo de impeachment da Presidenta Dilma, o baixo nível dos parlamentares que representam diversos setores da sociedade, conheceu com os próprios olhos o chamado “baixo clero”, a falta de senso de ridículo, e os fascistas mais raivosos.

A sessão se transformou, não só em escândalo nacional, mas internacional com imensa repercussão, tendo em vista o grotesco espetáculo proporcionado por  parlamentares golpistas, a começar pelo presidente Eduardo Cunha, réu no STF por corrupção e um dos principais conspiradores do golpe.

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A imagem do Brasil, que mereceu destaque no mundo durante os dois mandatos do ex-presidente Lula, por ter feito uma revolução social com políticas de inclusão e retirada da pobreza de cerca de 40 milhões de pessoas, agora amarga desmoralização internacional com a tentativa de golpe de Estado.

Os parlamentares desta legislatura foram os últimos eleitos com farto financiamento de suas campanhas por grandes empresários.

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Por incrível que pareça, os partidos que votaram em peso no impeatchment são os mesmos que votaram a favor da proposta de reforma política de Eduardo Cunha, no ano passado. Cunha tentou colocar definitivamente na Constituição o financiamento privado de campanhas eleitorais.

Trata-se de uma atitude ousada de Eduardo Cunha para garantir a corrupção eleitoral. Mas o STF derrubou o financiamento empresarial de campanhas por considerá-lo inconstitucional, ao julgar ação da OAB que arguia inconstitucionalidade do financiamento privado de campanhas. O Ministro Gilmar Mendes havia engavetado a ação da OAB.

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Certamente o financiamento das campanhas, por empresários, explique a eleição de tão elevado número de parlamentares do chamado “baixo clero”, a condução de Eduardo Cunha à presidência da Câmara e a armação do golpe.

A sessão da Câmara, comandada por Ele, no domingo, mostra que a afirmação de que as instituições estão funcionando não é bem assim. Estão funcionando a favor de quem?

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Guardadas as devidas proporções, o Judiciários e o Ministério Público, assim como a Câmara dos Deputados, também tem manifestado seu lado grotesco, rastaquera, ao atentar contra a Constituição, negar garantias fundamentais a cidadãos e o Estado democrático de direito, deixar de lado sua responsabilidade institucional republicana e participar das articulações do golpe. Além do juiz Sérgio Moro, existem exemplos de sobra, de ações políticas do judiciário e dos órgãos auxiliares.

As revelações de que a Operação Lava Jato foi arquitetada para fins políticos, articulada com a oposição no Congresso Nacional, para perseguir pessoas e destruir reputações e instituições políticas, mostra que o judiciário e órgãos auxiliares sofrem do mesmo mal que acomete o Congresso Nacional: decadência moral.

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A Operação Lava Jato persegue Lula e o PT e o Ministério Público, a Polícia Federal e o STF não investigam Aécio Neves nem integrantes do PSDB e de outros partidos que participam do golpe tramado por setores do Congresso, do Judiciário e da mídia. Isso é fato.

A mídia senhorial  tenta a todo custo dar pompa e ares de limpeza ao espetáculo da oposição e uma narrativa manipulada das ações do golpe, contribuindo ainda mais para o quadro deplorável dos acontecimentos.

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A mídia nativa está sendo tratada mundo a fora,  pelas grandes agências internacionais de notícia, como algo picaresco, tamanha a desfaçatez de editores, repórteres e comentaristas, na manipulação das informações.

Nossa história republicana se arrasta pelo tempo com suas instituições e autoridades, guardadas as devidas excessões, ainda de mentalidade monárquica, com os olhos voltados para além do Atlântico, para além do hemisfério Norte, sem compromisso com o país, com a nação, com o povo.

Ficou evidente, na sessão de domingo, que ainda estamos muito aquém do padrão das democracias consolidadas no mundo e de instituições republicanas capazes de dar sustentação à sonhada nação livre e soberana, dos trópicos.

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