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Celso Giannazi

Vereador de São Paulo pelo PSOL

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Reabrir hospitais para enfrentar a pandemia, é necessário e possível!

Desde março estamos em luta pela reabertura de hospitais que flagramos fechados na cidade de São Paulo. Os hospitais Sorocabana, Santa Cecília, Evaldo Foz e São Leopoldo podem ser reabertos através do Decreto de Calamidade e poderiam fortalecer a luta contra o coronavírus

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A veloz expansão do coronavírus exige ação rápida e eficaz do Estado em suas diferentes esferas. A ameaça de colapso dos hospitais é real e já assola diversos estados do país, nos quais muitos médicos estão enfrentando o triste dilema de ter que escolher quem será irá ocupar ocupar os poucos leitos de UTI. Uma verdadeira loteria pela vida!

Dados do Ministério da Saúde alertam para a situação em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Amazonas. Até o dia 21 de abril, esses quatro estados concentravam o maior número de casos confirmados e de mortes pela Covid-19 (cerca de 26,7 mil pessoas infectadas e dois mil óbitos). Sendo que mais da metade dessas mortes ocorreram no estado de São Paulo.

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O Ministério da Saúde ainda indica que, em um cenário otimista, a crise do coronavírus poderá contaminar 460 mil pessoas somente em São Paulo, situação que coloca todo o sistema à prova e exige medidas urgentes para proteger os servidores que estão na linha de frente do combate à Covid-19 e a população. 

Lembrando que São Paulo conta com apenas 3.830 leitos de UTI, sendo que destes, apenas 38% são do SUS, os quais já contam com uma taxa de ocupação de mais de 80% devido à Covid-19. Essa é a situação do Instituto Emílio Ribas (100% de lotação), do Hospital das Clínicas (83% de lotação), do Hospital Geral de Pedreira (87% de lotação), do Hospital da Vila Nova Cachoeirinha (86% de lotação) e do Hospital Municipal do Tatuapé (77% de lotação). É urgente a criação de mais leitos! 

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Luta por mais leitos!

Desde março estamos em luta pela reabertura de hospitais que flagramos fechados na cidade de São Paulo. Os hospitais Sorocabana, Santa Cecília, Evaldo Foz e  São Leopoldo podem ser reabertos através do Decreto de Calamidade e poderiam fortalecer a luta contra o coronavírus com o acréscimo de, pelo menos, mais 1.400 leitos.

Uma grande vitória da luta do nosso mandato por mais leitos, foi o anúncio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), após envio de ofício do nosso mandato, da reabertura do Hospital da Cruz Vermelha. Um passo importante, mas ainda insuficiente diante do que se avizinha para São Paulo. 

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Enquanto os hospitais de São Paulo caminham para o colapso, o prefeito Bruno Covas propõe a criação de um Comitê Intersecretarial de Contingência Funerária, quando deveria propor um comitê para criar mais leitos e ocupar esses hospitais fechados. Fica clara a falta de resiliência do prefeito que prefere gestar as mortes ao invés de buscar saídas para evitá-las. E reabrir os hospitais fechados e fortalecer o SUS são saídas para preservar vidas e enfrentar a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Mais recursos para o SUS!

A criação de mais leitos para todo o país e para São Paulo passa, diretamente, pelo fortalecimento do SUS e a revogação da Emenda Constitucional 95. 

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Dados do Estudo de Geografia Econômica da Saúde no Brasil – Edição 2020, publicados pelo Ministério da Saúde, alertam que, hoje, o Brasil dispõe de cerca de 50 mil leitos de UTI, sendo que 44% são do SUS e 56% da iniciativa privada. A questão é que dos cerca de 210,5 milhões de habitantes que tem o Brasil, mais de 75% utilizam o SUS, o restante utiliza a saúde privada. 

Lembremos que para o orçamento de 2020 da Saúde, Jair Bolsonaro cortou os recursos em 4,3%, um corte de R$ 11 bilhões em relação a 2019. Segundo dados do Conselho Nacional de Saúde (CNS), após a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 95, o SUS já perdeu R$ 22,5 bilhões e essa perda poderá chegar R$ 400 bilhões ao longo de duas décadas. Ou seja, a EC 95, caso não seja revogada, promoverá um suicídio econômico, político e social.

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O cenário estruturado pós-pandemia, somado ao desmonte histórico do SUS, empurra o país e nossa cidade para o maior teste de sua história. Como já dissemos em artigo anterior nesta coluna, estamos vivendo um momento bastante frágil e diante deste cenário não há outra palavra senão LUTAR. 

Precisamos unir forças e usar nossos recursos não para gestar mortes, mas para salvar vidas. E fortalecer o SUS, seguir com o isolamento social e salvaguardar a população com políticas econômicas emergenciais é o caminho para garantir a segurança e o bem-estar da de todos. O que não pode faltar são leitos de UTI para atender os doentes e salvar vidas, esse deve ser o nosso objetivo principal.

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