Reeleição tranquila
Sem adversários fortes à vista, Lula consolida favoritismo rumo a 2026
No andar da carruagem, na toada dos acontecimentos, parece que a reeleição do presidente Lula está garantida. Seu maior adversário seria Jair Bolsonaro, inelegível e condenado; Tarcísio de Freitas, se bem orientado, disputará a reeleição ao governo de São Paulo, adiando uma suposta candidatura à Presidência para 2030.
Outros nomes, como Zema, Caiado, Ratinho e Michelle, não possuem estofo político para concorrer contra Lula. Aécio Neves vem aproveitando o espaço aberto pelo bolsonarismo e pode se aventurar, mas precisa passar pelo crivo das pesquisas. Aécio tem um passado recente de tropeços antidemocráticos e delinquências.
Nos EUA, o deputado Eduardo Bolsonaro seria um forte nome para 2026, mas conseguiu a proeza de se tornar inimigo do Brasil depois de ter alcançado a maior votação do país para deputado federal por São Paulo. E, pelo visto, terá o mandato cassado após ser denunciado pela PGR por coação em processo judicial no âmbito do inquérito da trama golpista.
Eduardo é um caso clássico de “Quer se enrolar? Pergunte-me como”. Percebendo que as sanções que Donald Trump tem imposto às autoridades brasileiras não surtiram efeito, o filho número três de Jair escala ainda mais sua sanha de enfrentamento e de delírio. Em entrevista a um programa, Eduardo disse que quer ser visto como “radical” pelo STF e que vai retornar ao Brasil para se candidatar ao Senado, fazendo dobradinha com Jair para presidente.
Todos esses caminhos levam a uma reeleição tranquila de Lula, que mantém sua posição firme e inquestionável de liderança pela soberania.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

