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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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Refletir é preciso

As eleições deste ano serão as mais importantes da história brasileira. Ocorrerão sob a conjuntura de um golpe de Estado aplicado pelo mercado financeiro, principalmente, com o apoio de interesses de nações centro de poder

Refletir é preciso (Foto: Esq.: Ueslei Marcelino - Reuters / Dir.: em cima (ABR); embaixo (Rafael Ribeiro))
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As eleições deste ano serão as mais importantes da história brasileira. Ocorrerão sob a conjuntura de um golpe de Estado aplicado pelo mercado financeiro, principalmente, com o apoio de interesses de nações centro de poder. São interesses que controlam os maiores veículos de comunicação e influenciam membros dos Três Poderes e dos órgãos de fiscalização e controle. Mantêm Lula sequestrado para impedi-lo de falar com o povo. A sentença parece ter sido feita por um estagiário de Enfermagem, tamanho o disparate. A corrida eleitoral será o espaço no qual estará posto um debate de luta de classes sob a conjuntura de um golpe de Estado, “com o Supremo, com tudo” onde deve ser denunciado o golpe e na farsa que se tornou a Operação Lava Jato.

Estes são os debates nos quais devemos nos concentrar durante a caminhada pelo estado, para saber dos paranaenses o que eles pensam da conjuntura pós 2016 e como ela os afeta. Estão em questão dois modelos ideológicos. Um de Estado Mínimo e um de Estado Ampliado. O primeiro é encarnado pelo ministério da notável camarilha de Temer. Um Estado que deixa de investir em si mesmo, por 20 anos. Ou seja, os governos estão impedidos, por duas décadas, de investirem em educação, saúde, seguridade social, esportes, tecnologia, cultura, meio ambiente, produção econômica. Um projeto em favor dos donos dos meios de produção.

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A elite, que controla cerca de 470 dos 594 parlamentares do Congresso Nacional, aprovou uma reforma trabalhista que condena 72% da população ativa, que recebem não mais que dois salários mínimos, a trabalharem por toda a vida. O negociado sobre legislado, principalmente num período com altíssimo índice de desemprego, humilha o trabalhador, que se verá obrigado a aceitar condições draconianas dos patrões. Já o trabalho temporário é uma nova espécie de escravismo. Mão de obra à disposição sem a necessidade de pagar pelas horas de disponibilidade do trabalhador, sem a necessidade de manter a senzala.

A exclusão de assessoria sindical deixa o trabalhador à mercê de escritórios de advocacia contra os quais nada podem sozinhos, sem a organização das classes trabalhadoras por meio de seus sindicatos. Na mesma medida, sempre sob o mando do mercado financeiro e a proteção dos veículos de comunicação, a camarilha arrocha os mais pobres, a quem ela deseja ver nessa posição. Em 2017, mais de um milhão de pessoas foram excluídas do Programa Bolsa Família. Educação e saúde receberam 3% a menos de investimentos. A pesquisa científica e as universidades sofreram cortes de 45% e 15% respectivamente. O ocupante do Palácio do Planalto, com 3% de aprovação, trocou um programa que distribuía 112 tipos de medicamentos e custava, por ano, 100 milhões, por um que distribui 25 tipos e custa R$ 2,6 bilhões.

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As medidas são intencionais para favorecer não mais que 15% da população, para quem trabalham os golpistas. Lucram com a desregulamentação das relações entre capital e trabalho e o desmantelamento do Estado, seja pela sua asfixia, ou pela entrega de suas reservas energéticas e empresas estratégicas. Aos demais 85%, a conta, sejam eles os mais de 50% dos pobres, ou os 30% de uma classe média com vários níveis de poder de compra. Como disse Lula, em artigo de ontem, enquanto nos governos do PT os brasileiros parcelavam carro e moradia, com Temer está parcelando botijão de gás e gasolina. Sem reação popular, vai aumentar, em muito, o mais de 1,2 milhão de pessoas que voltarão a cozinhar com lenha.

A entrega dessas riquezas significa o fim da soberania nacional. China, EUA, França, Alemanha, Japão, entre outros países, determinarão como, onde, e como o Brasil vai se desenvolver, conforme os interesses dos povos dessas nações. Com  auxílio de veículos de comunicação e o autoritarismo hermético do Judiciário e dos órgãos de fiscalização e controle, a serviço da elite, a população é mantida na escuridão da desinformação, sem conhecimento de seus direitos para, assim, ampliar o exército de mão de obra para um País que vai se tornar, para eternidade, recordista em produção de commodities. De volta aos carros de boi.

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O Brasil que os brasileiros querem e merecem não é esse. Enfrentar o debate é vital. Temos 13 anos de serviços prestados a este País. Os governos do Partido dos Trabalhadores foi quem mais fez esse País se desenvolver, econômica e socialmente. Durante os governos Lula e Dilma, o Brasil era respeitado internacionalmente. Barack Obama sabia o que dizia quando chamou o Lula de “o cara” e o Brasil de “Player Global”. Nossos governos descobriram e investiram em uma reserva de petróleo avaliada e mais de US$ 8 trilhões, com dezenas de bilhões de barris de petróleo. Nossas indústrias naval e de refino de petróleo foram revitalizadas, e Lula e Dilma determinaram que 75% e 25% dos royalties do pré-sal seriam investidos em Educação e Saúde, respectivamente.

A maioria dos brasileiros pode não compreender a complexidade política e jurídica da conjuntura, mas sabem quais os governos abriram acesso aos bancos universitários a 1,3 milhão de estudantes pobres. Sabe que durante os governos do PT foram criados mais de 18 milhões de empregos formais, com os mesmos direitos que os parlamentares da direita retiraram na Reforma Trabalhista. O programa de cisternas dos governos do PT construiu, em 13 anos, 1,2 milhão de cisternas, que beneficiaram 5 milhões de pessoas. A transposição do Rio São Francisco, promessa de 130 anos ao semiárido, e cumprida pelo PT, está levando água perene há 12 milhões de brasileiros.

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O convite ao debate, com os devidos respeito e fraternidade, é indispensável. É fundamental provocar a reflexão em todas as pessoas com quem se tiver a oportunidade de estabelecer alguma conversa. A polaridade que distancia os projetos em disputa é evidente e não se pode tergiversar sobre momento capital da República. Temos argumentos de sobra para demonstrar que os governos do PT foram os melhores da história do Brasil. Da mesma forma, temos todas as provas de que Temer e sua camarilha estão destruindo o País e entregando a nossa soberania por 30 moedas.

As ações da Força Tarefa da operação Lava Jato reforçam os argumentos de quem está do lado da legalidade e da justiça histórica. A operação revela-se uma perseguição ao maior líder político do Brasil que, mesmo preso, tem mais de 40% de intenções de votos, enquanto que a soma de seus adversários é de 29%. Lula está sequestrado porque é o líder popular que pode restabelecer a dignidade desta nação. A sentença é cômica, para não dizer ofensiva. É sustentada por notícia falsa de jornal, uma delação premiada sem provas, cujo delator está livre e um ato de ofício indeterminado cometido por alguém que, à época do dito ocorrido, não era servidor público.

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Nesse sentido, não há o que temer, a não ser o pouco tempo, até as eleições. Tergiversar é contribuir para a ignorância dos nossos irmãos brasileiros e, portanto, uma deslealdade. Quanto mais esclarecimento, mais condições de mobilização de uma força popular capaz de pressionar as instituições a cumprirem as leis e libertarem Lula para ele participar legal e democraticamente das eleições que decidirão se seremos um País soberanos ou uma colônia.

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