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David Nogueira

Professor e jornalista, foi dirigente da CUT, da CNTE e ex-secretário de Comunicação do PT/RO; membro do diretório PT/RO

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"Reflitamento" para o óbvio!

Importar modelos e implantá-los pelas bandas de cá, à fórceps, nunca será o melhor caminho para mudanças significativas, duradouras e eficientes

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1. "Reflitamento" para o óbvio!

"O que diferencia um político de outro é a história que cada um carrega consigo."

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Peguei-me lendo alguns artigos sobre as dificuldades pelas quais passa a Europa no presente momento econômico. Lamentei a situação, pois, indiretamente, tal realidade acaba nos contaminando. É certo que o Brasil navega acima dessas turbulências, não obstante, se os nobres e distintos parceiros europeus estivessem bem, nós, com a absoluta certeza, estaríamos ainda melhor. No entanto, minha reflexão caminhava em outra direção. Por qual motivo determinante a Europa é o que é e nós, América Latina e África, por exemplo, somos o que somos? Qual terá sido o fator determinante, em estratégico momento histórico, que nos levou a caminhos distintos, ou nos impediu de caminhar por caminhos mais lógicos e inteligentes?

2. Eles não são melhores do que nós.

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Aqui não há juízo de valor sobre o que é melhor ou pior em termos culturais. Isso seria uma bobagem incomensurável. Nossa diversidade cultural, alegria quase genética e criatividade renovável não deixam nada a desejar a ninguém. Somos todos seres humanos com essência igual, então, como eles atingiram patamares de vida tão diferenciados de nós? Como? Quando vemos uma cidade européia em funcionamento e a comparamos com uma cidade do mesmo porte na África ou da América Latina, quase sempre, temos um susto diante da distância existente entre os dois espaços. Não é só o dinheiro. Não é só a história. Não é só a inteligência. Embora muitos teimem em duvidar, há tudo isso por cá em doses consideráveis. A Europa do século XIX, na maioria de suas regiões, não era muito diferente dos outros lugares em termos de miséria, ignorância e pobreza. Aliás, em termos de ignorância, o Velho Mundo possui exemplos maravilhosos.

3. A formação do ser humano

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A grande diferença esteve na política. Nas decisões de organização social e nas opções escolhidas ao longo de um extenso processo. A desconformidade profunda está na educação, na formação de cada povo e na valorização da cultura de cada nação. As contradições nunca foram genéticas. Não aceito a possibilidade de alguém acreditar no fato das pessoas nascerem em Uganda seja motivo para serem pobres, miseráveis, desnutridas, ignorantes e incapazes de produzir riqueza, com vistas apenas à sua sobrevivência. Não vamos discutir as causas gerais, mas o fato de ter sido negado ao povo de lá, e de outros locais, o acesso à educação, ajudou, de forma determinante, a produzir esse resultado catastrófico que presenciamos, confortavelmente, instalados em nossos sofás.

4. Não queremos copiar ninguém

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Importar modelos e implantá-los pelas bandas de cá, à fórceps, nunca será o melhor caminho para mudanças significativas, duradouras e eficientes. O aprendizado pela observação atenta e inteligente, entretanto, costuma poupar lágrimas e dores profundas. A educação é o caminho natural para essas transformações, contudo é necessário que o país assuma isso enquanto estratégia de nação. Estamos avançando, e com a entrada dos recursos do Pré Sal, o ritmo tende a acelerar, pois não se faz educação de qualidade sem dinheiro. Ficamos séculos sob a tutela de um Estado patrimonialista gerido por uma burguesia retrógrada, incapaz de ver as oportunidades e as mudanças em curso no mundo. O medo da classe dominante em perder privilégios, espaços e riqueza impediu a nação de avançar. Uma pena. Um desastre histórico.

5. Reflitamento...

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Saímos de um patamar de 4,1% do PIB destinados à educação em 2002, e atingiremos, com o Novo Plano Nacional de Educação, 10% do PIB. Seremos uma referência no mundo. O Pré Sal injetará mais e 1 trilhão de reais no setor e mudará os destinos da próxima geração. O Petróleo não pode ser política estratégica apenas de um Governo, ele precisa ser assimilado pela nação e tornar-se uma prioridade de país. Vamos torcer para que o povo brasileiro escolha bem. Afinal (na política) não adianta reclamar do bolo a ser comido amanhã se na hora de fazê-lo (hoje) o cidadão usa ovos podres na massa...

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