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Adilson Roberto Gonçalves

Pesquisador científico em Campinas-SP

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Regulações econômicas e outras

Pelos bilhões de reais que são alocados para emendas parlamentares obscuras, e pensando que todo o resto continua funcionando, a conclusão é que dinheiro abund

Moedas de reais (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)
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Em outubro de 2023, a notícia do prêmio Nobel de Economia para uma mulher causou controvérsia, em função do comentário de Deirdre McCloskey na Folha de S. Paulo. Naquela ocasião, duas visões distintas sobre o prêmio Nobel de Economia foram publicadas. Deirdre Mccloskey de certa forma disse que há outras representantes melhores da economia feminista do que a premiada Claudia Goldin, enquanto que Bernardo Guimarães detalhou a natureza do estudo premiado, reafirmando a importância continuada de Goldin. Entre uma dose de soberba de uma e a análise mais profunda do outro, fico com a do Bernardo. Mas seria interessante algum outro economista dar uma pincelada comparativa entre os dois para não ficar apenas no opinativo. Não vi outros comentários, restando apenas o meu.

No âmbito nacional, Fernando Haddad fez boa figura ao longo do ano, sabendo ficar discreto e enaltecer a importância do Parlamento, em especial na aprovação da nova regra tributária e no arcabouço fiscal, muito exaltado e noticiado por aí.

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Assim, foi perfeita a metáfora de Carlos Drummond na revista CartaCapital sobre a atuação do ministro Fernando Haddad: sujeito a trovoadas. Lembrando que, antes do trovão, vem o relâmpago, o ex-candidato ao governo paulista torna-se perfeito pára-raios para a situação. A economia vai bem pela régua do que se esperava da trágica herança maldita, mas se será suficiente para dar fôlego para futuros voos políticos de Haddad, nenhum oráculo sabe.

Abro um parêntese para afirmar como nosso país é rico! Pelos bilhões de reais que são alocados para emendas parlamentares obscuras, e pensando que todo o resto continua funcionando, a conclusão é que dinheiro abunda. Lembrando que quem mais contribui é o assalariado, sem instrumentos de defesa dos impostos que paga, já descontados em folha. Assim, sintam-se todos milionários!

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As novas regras fiscais, contábeis, orçamentárias e todo o arcabouço que regem a Economia serão detalhados nos próximos meses e a atuação da negociação entre Parlamento e Executivo será constante. Atores da fiscalização terão seu espaço e, em relação a esse aspecto em particular, foi um misto de estranheza com interesse que saiu uma opinião sobre os conselhos profissionais, com destaque para aqueles mais evidentes, tanto da área de gestão e administração, quanto os de medicina e engenharia. Na mesma Folha de S. Paulo, Deborah Bizarria perguntou “para que servem os conselhos profissionais?”e a resposta imediata é defender a sociedade. A experiência de cada um é diferente, pois o Conselho Regional de Química da 4a Região (CRQ-IV) faz exatamente o que preconiza a lei que o criou, sendo um instrumento não de defesa do profissional individualmente, mas da profissão de Químico. Além disso, o destino do recurso arrecadado com anuidades e multas é totalmente transparente, com o qual o CRQ-IV promove cursos de atualização constantes, premiações, palestras e incentivos à nossa profissão. Antes de proporem associações que não cumprirão a defesa da sociedade, baseiem-se nos conselhos profissionais que funcionam. Isso vale também para avaliar a política econômica em curso no país.

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