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Juliana Cardoso

Deputada federal pelo PT-SP

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Representatividade das Mulheres na Política: Nenhum Direito a Menos

Assim como a busca pela representatividade das mulheres na política é indivisível, a afirmação de que não aceitaremos nem um direito a menos é inegociável

Marcha das mulheres em Brasília no eixo monumental - Brasília (DF) 08-03-2023 (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

A busca por uma maior representatividade das mulheres na política é um imperativo que não admite retrocessos. Afirmar que não aceitaremos nem um direito a menos é proclamar a firme determinação em proteger e ampliar as conquistas já alcançadas.

Nos últimos anos, a luta por uma participação equitativa das mulheres nos espaços políticos ganhou destaque, desafiando a histórica sub-representação de gênero. Esse movimento não é apenas uma busca por justiça, mas também um passo crucial rumo à efetivação de uma democracia verdadeiramente representativa, já que somos mais de 50% da população.  A implementação de cotas de gênero e outras medidas afirmativas são marcos nessa jornada.  

Ao garantir a presença feminina nas arenas políticas, não apenas corrigimos desigualdades passadas, mas também abrimos caminho para um futuro, onde as vozes de todas as pessoas, independentemente de gênero, sejam ouvidas e consideradas.

Contudo, não basta apenas ter mulheres nos espaços políticos.

É absolutamente necessário que suas vozes sejam valorizadas e que suas propostas sejam debatidas de forma justa.  

A cultura de violência política de gênero deve ser erradicada, proporcionando um ambiente seguro para que mulheres expressem suas opiniões sem medo de retaliações, a exemplo do que vem acontecendo em muitas Casas Legislativas por todo nosso País e também no passado recente do golpe do impeachment contra a primeira  mulher  Presidenta do País, a Dilma Rousseff, que a história agora prova que foi injustiçada.

Ao declarar que não aceitaremos nem um direito a menos, reforçamos o compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Isso requer ação constante para defender as conquistas já alcançadas e resistir a qualquer tentativa de retrocesso. É também um chamado aos partidos políticos para promoverem ativamente a formação e ascensão de lideranças femininas.

Assim como a busca pela representatividade das mulheres na política é indivisível, a afirmação de que não aceitaremos nem um direito a menos é inegociável.  

Direitos humanos, igualdade de gênero e justiça social são fundamentos que devem ser protegidos a todo custo. Ao defendermos esses princípios, estamos não apenas pavimentando o caminho para um futuro melhor, mas também honrando a luta daquelas que vieram antes de nós e nos inspiraram a prosseguir.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.