Risco de segurança nacional imediato
Uma "Guerra Cinza", a forma de guerra híbrida, no espaço marítimo, se desenha
Após a negativa da Índia e do Brasil, em 02/08/2025, além de outros países dos BRICS, em paralisar o comércio com a Rússia – em especial de gás/petróleo – serviços de inteligência estrangeiros aliados da OTAN trabalham no momento em um ato de caráter espetacular.
Uma "Guerra Cinza", a forma de guerra híbrida, no espaço marítimo, se desenha. O planejamento, principalmente britânico buscaria provocar um suposto "acidente" com um petroleiro de grande porte russo em um porto "amigável", e possivelmente parte dos chamados BRICS.
O alvo seria o fluxo comercial e uma pretensa ausência de atenção no nível de sabotagem internacional – nos moldes da destruição do pipeline "Nordstream" em 2022 – sobre a segurança marítima.
Assim, Índia, Brasil, Egito e Indonésia estão sendo analisados como alvos possíveis de um ataque encoberto – "cinza", de tipo híbrido – como "acidente" causado por "descuido" e "imperícia", em um petroleiro russo durante trabalhos de carga, destruindo a nau, a instalações portuárias e com um possível derrame de óleo de grandes proporções.
Após uma rápida reunião da "Comissão Mundial de Segurança Marítima", e conforme a Convenção Solas, a Rússia seria declarada responsável e seria excluída da "Convenção Naval Mundial" – repetindo táticas de tipo "armas químicas" de Saddam Hussein, em 2021 – e os países parceiros de Moscou seriam intimados a cerrar seus portos aos navios russos.
Assim, seria possível impor um completo bloqueio naval contra Moscou, com tremendos prejuízos para o comércio de países como o Brasil, paralisando as importações de diesel, fertilizantes e máquinas-ferramentas, com forte impacto sobre o agronegócio e a inflação interna. Da mesma forma, seria uma ferramenta hábil de desmonte dos BRICS e o retorno de um guarda-chuva tutelar anglo-americano sobre a América Latina e uma desejada punição ao Brasil por parte de Kiev e Tel Aviv.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.




