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Paulo Henrique Arantes

Jornalista há quase quatro décadas, é autor de “Retratos da Destruição: Flashes dos Anos em que Jair Bolsonaro Tentou Acabar com o Brasil”

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Se Lula citasse a Otan em vez de Zelensky, estaria 100% certo

Lula não está errado mas, se ao invés de dizer Zelensky tivesse dito Otan, estaria 100% certo

Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)
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Lula concedeu ótima entrevista à Time e a imprensa brasileira, aquela, foi buscar uma frase dele supostamente infeliz, igualando a culpa de Zelensky à de Putin pelo conflito na Ucrânia. Lula não está errado mas, se ao invés de dizer Zelensky tivesse dito Otan, estaria 100% certo.

Em conversa com este colunista, o professor de Direito Internacional da FGV Salem Nasser explicou que a Otan, neste momento, está sendo testada. E está falhando no teste.

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Sendo um país que estava praticamente dentro da Otan e foi agredido pela Rússia sem receber proteção nenhuma além de remessas de armas, a Ucrânia está sendo usada como território de batalha para enfraquecer os russos. Ou talvez para desafiar os chineses, acredita Nasser.

Defender ou não a invasão, de outra parte, depende de algumas coisas. Em termos jurídicos, sempre segundo Nasser, a Rússia estaria autorizada a invadir se estivesse de fato ameaçada – não se esqueçam dos movimentos de aproximação de tropas da Otan do território russo.

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Outro motivo justificável da invasão seria uma intervenção humanitária. A Rússia diz, e para Nasser pode ser verdade, que nas repúblicas do Donbass havia uma guerra sistemática acontecendo contra uma parte da população russófila, e que ela interveio para proteger essa população. Lembremos de que as duas repúblicas declararam independência e pediram a intervenção russa.

Em termos de relações internacionais, há um argumento razoável em defesa da tese de que a Rússia foi empurrada para o ato invasor. Não se trata, diz Salem Nasser, de defender a invasão nem os métodos utilizados, mas de explicar por que não poderia ter sido de outro jeito.

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